Por Irineu Tamanini,
morador no bairro do Leblon desde 1972
Um dos melhores bairros ( senão o melhor ), o Leblon, localizado na zona sul do Rio de Janeiro, foi loteado no início do século. Em 1919 a Companhia Constructora Ipanema, localizada na Rua do Ouvidor, 139 – Centro, vendia terrenos “a dinheiro ou a prestações em Ipanema e Leblon”. A planta do loteamento, aprovada pela prefeitura do Districto Federal em 26 de Julho de 1919 mostra as ruas do bairro com seus nomes e localização.
A primeira transversal à Av. Ataulpho de Paiva, para quem vem de Ipanema, era a Av. Afrânio de Melo Franco, que já tinha esse nome em 1919. Em seguida temos as seguintes ruas, com seus nomes da época e os atuais. O bairro fica localizado entre a Lagoa Rodrigo de Freitas, o oceano Atlântico, o Morro Dois Irmãos e o Canal do Jardim de Alá. Faz divisa com a Gávea, a Lagoa e Ipanema.
A Praia do Leblon com 1,3 km de comprimento, é continuação da praia de Ipanema, começando no Jardim de Alá e indo até os penhascos da Av. Niemeyer. Ali existe o Mirante do Leblon (oficialmente rebatizado de Mirante Hans Stern pelo então prefeito Cesar Maia), de onde se pode apreciar toda a avenida costeira (av. Delfim Moreira), as praias do Leblon e de Ipanema e a Pedra do Arpoador. O dia do Leblon é comemorado a 26 de julho, pois nessa data do ano de 1919 foi definida a configuração atual da maior parte de suas ruas.
Rua Almirante Guilhen ( ex- Dom Pedrito )
Henrique Aristides Guilhem nasceu no Rio de Janeiro em 26 de janeiro de 1875 e faleceu, também no Rio de Janeiro, no dia 3 de janeiro de 1949). Foi um militar da Marinha do Brasil. O Almirante Guilhem ocupou as mais elevadas funções na Marinha do Brasil, ressaltando a de Chefe de Estado-Maior da Armada e a de Ministro da Marinha, a qual desempenhou por uma década.
Rua Carlos Goes ( ex-rua Francisco dos Santos – rua 10)
Carlos Fernandes Goes, professor, escritor, poeta e filólogo, nasceu no Rio de Janeiro em 10 de outubro de 1881 vindo a falecer em 21 de maio de 1934 em Petrópolis (RJ). Bacharel em Direito pela Faculdade de Belo Horizonte. promotor público em Muzambinho (MG). Membro da Academia Mineira de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. Poeta e teatrólogo, autor de várias peças e livros didáticos e de poesias. Foi fundador da cadeira 11 da Academia Mineira de Letras, cujo patrono é o Frei José de Santa Rita Durão. Muitas vezes é necessário usar seu nome como Carlos Góis, e não como Carlos Góes, para termos acesso à suas informações na Internet.
Rua Cupertino Durão ( ex-Francisco Ludolf – rua 11)
José Dias Cupertino Durão foi engenheiro civil e chefe de seção da Secretária de Obras, equivalente à Secretário, da antiga prefeitura do Distrito Federal, na administração do prefeito Carlos Sampaio. Recebeu o nome de rua 11 e logo depois, rua Francisco Ludolf. Em 06 de dezembro de 1934 foi reconhecida como rua Cupertino Durão pelo Decreto nº 5256.
Rua José Linhares (Rua Comandamente Agostinho das Neves – rua 12 e Acaraí
José Linhares nasceu em Guaramiranga (CE) no dia 28 de janeiro de 1886 e faleceu em Caxambu (MG) em 26 de janeiro de 1957. Foi um magistrado brasileiro e presidente da República durante três meses e cinco dias, de 29 de outubro de 1945 a 31 de janeiro de 1946. Foi o primeiro cearense presidente do Brasil. Foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), por decreto de 16 de dezembro de 1937, na vaga decorrente da aposentadoria de Ataulfo Nápoles de Paiva (outra nome de rua no Leblon) assumindo o cargo em 24 de dezembro, permanecendo até 29 de janeiro de 1956 quando foi substituído pelo ministro Ary Franco. Assumiu a presidência do Supremo Tribunal Federal em 26 de maio de 1945, com a aposentadoria de Eduardo Espínola. Foi presidente do STF de 26 de maio de 1945 a 31 de janeiro de 1949. Novamente presidente do Supremo de 2 de maio de 1951 a 29 de janeiro de 1956. Foi também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 1 de junho de 1945 a 29 de outubro de 1945.
Rua Humberto de Campos (rua José Ludolf)
Humberto de Campos Veras nasceu em Miritiba, hoje batizado com o seu nome, no Maranhão no dia 25 de outubro de 1886.Faleceu no Rio de Janeiro em 5 de dezembro de 1934).Foi um jornalista, político e escritor brasileiro. Com a morte do pai, aos seis anos, mudou-se para São Luís, onde começou a trabalhar no comércio local para auxiliar na subsistência da família. Aos dezessete muda-se, novamente, para o Pará, onde começa a exercer atividade jornalística na Folha do Norte e na Província do Pará. Em 1910, quando contava 24 anos, publica seu primeiro livro de versos, intitulado “Poeira” (1.ª série), que lhe dá razoável reconhecimento. Dois anos depois, muda-se para o Rio de Janeiro, onde prossegue sua carreira jornalística e passa a ganhar destaque no meio literário da Capital Federal, angariando a amizade de escritores como Coelho Neto, Emílio de Menezes e Olavo Bilac. Começa a trabalhar no jornal “O Imparcial”, ao lado de figuras ilustres como Rui Barbosa, José Veríssimo, Vicente de Carvalho e João Ribeiro.[1] Torna-se cada vez mais conhecido em âmbito nacional por suas crônicas, publicadas em diversos jornais do Rio de Janeiro, São Paulo e outras capitais brasileiras, inclusive sob o pseudônimo “Conselheiro XX”. Em 1919 ingressa na Academia Brasileira de Letras, sucedendo Emílio de Menezes na cadeira n.º 20. Um ano depois ingressa na política, elegendo-se deputado federal pelo seu Estado natal, tendo seus mandatos sucessivamente renovados até a eclosão da Revolução de 1930, quando é cassado. Após passar por um período de dificuldades financeiras, é nomeado, graças à admiração que lhe votavam figuras de destaque do Governo Provisório, Inspetor de Ensino no Rio de Janeiro e, posteriormente, diretor da Fundação Casa de Rui Barbosa. Após vários anos de enfermidade, que lhe provocou a perda quase total da visão e graves problemas no sistema urinário, Humberto de Campos faleceu no Rio de Janeiro, em 5 de dezembro de 1934, aos 48 anos, por uma síncope ocorrida durante uma cirurgia. Deixou viúva, D. Catarina Vergolina de Campos e três filhos, Henrique, Humberto (que depois tornou-se profissional de televisão) e Maria de Lourdes.
Rua Joao Lyra ( Rua Domingos Moutinho – rua 13 )
O professor João Lyra de Tavares Filho nasceu em João Pessoa (PB) no dia 24 de abril de 1906, vindo a falecer em 30 de novembro de 1988 no Rio de Janeiro. Formou-se em Direito, foi poeta, escritor, advogado, jornalista, economista, administrador e ministro do Tribunal de Contas do Distrito Federal. Bacharel em Direito pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil (hoje UFRJ), onde se formou em 1926, tornou-se professor da Universidade do Estado da Guanabara, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), da qual também foi reitor, período em que construiu seu campus e que hoje leva o seu nome no pavilhão central. Em sua gestão como reitor foram iniciadas as obras de construção do campus Francisco Negrão de Lima (Maracanã). Foi membro da Academia Carioca de Letras. Fundador/precursor do direito desportivo brasileiro. Foi presidente do Botafogo de Futebol e Regatas entre 1941 e 1942 e o grande nome do Estado Novo na área da gestão esportiva. Foi nomeado pelo então presidente Getúlio Vargas como segundo presidente do Conselho Nacional de Desportos – CND – e foi o principal responsável pela redação da legislação esportiva pioneira no Brasil. Autor de dezenas de livros, notabilizou-se como autor da obra mater do Direito Desportivo no Brasil: “Introdução ao Direito Desportivo”. João Lyra Filho é hoje reconhecido como Patrono do Direito Desportivo no Brasil.
Rua Bartolomé Mitre ( Bartolomé e não Bartolomeu) – rua Conde de Avelar – rua 14)
Nascido em 26 de junho de 1821 em Buenos Aires, vindo a falecer, na capital argentina, em 19 de janeiro de 1906. Bartolomé Mitre Martinez foi um político, escritor, jornalista, historiador e militar. Mitre também foi presidente da Argentina entre 1862 e 1868. Durante seu governo, organizou-se a administração da Justiça, que deixou de ser um assunto privado para ser uma atribuição do Estado. Além disso, em 1864, iniciava o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul, a Guerra do Paraguai, travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta por Brasil, Argentina e Uruguai, conflagração à qual se pôs termo apenas em 1870, com a morte do general paraguaio Francisco Solano López, na batalha de Cerro Cora. Em 1870 comprou o jornal La Nación Argentina, rebatizando-o de La Nación, um dos jornais mais influentes da América Latina até hoje e que continua a ser dirigido por seus descendentes. Foi uma das pessoas mais homenageadas em vida na história da Argentina. Possui um museu com seu nome.
Praça Antero de Quental ( Praça Conde de Frontin)
Antero Tarquínio de Quental nasceu em Ponta Delgada, na Ilha San Miguel, nos Açores 18 de abril de 1842. Faleceu em 11 de setembro de 1891) na mesma cidade de nascimento. Foi um escritor e poeta português do século XIX que teve um papel importante no movimento da Geração de 70. Durante a sua vida, Antero de Quental dedicou-se à poesia, à filosofia e à política. Deu início aos seus estudos na cidade natal, mudando-se para Coimbra aos 16 anos, ali estudando Direito e manifestando as primeiras ideias socialistas. Fundou em Coimbra a Sociedade do Raio, que pretendia renovar o país pela literatura. Em 1866 mudou-se para Lisboa, onde experimentou a vida de operário, trabalhando como tipógrafo, profissão que exerceu também em Paris, entre janeiro e fevereiro de 1867. Em 1868 regressou a Lisboa, onde formou o Cenáculo, de que fizeram parte, entre outros, Eça de Queirós, Abílio de Guerra Junqueiro e Ramalho Ortigão. Antero de Quental foi um dos fundadores do Partido Socialista Português. Em 1870, fundou em Lisboa o jornal A República – Jornal da Democracia Portuguesa, com Oliveira Martins. Portador de distúrbio bipolar, seu estado de depressão era permanente. Após um mês, em junho de 1891, regressou a Ponta Delgada, cometendo suicídio no dia 11 de setembro de 1891, com dois tiros, num banco de jardim junto ao Convento de Nossa Senhora da Esperança, onde está na parede a palavra “Esperança”, no Campo de São Francisco, cerca das 20h00. Os seus restos mortais encontram-se sepultados no Cemitério de São Joaquim, em Ponta Delgada. Foi impressa uma nota de 5.000$00 Chapas 2 e 2A de Portugal com a sua imagem.
Rua General Urquiza ( Rua 15 – terminava na praça )
Justo José de Urquiza y García nasceu em Talar de Arroyo Largo, Entre Ríos, Argentina no dia 10 de outubro de 1801. Morreu assassinado no Palácio San José, na cidade de Concepción del Uruguay, província de Entre Ríos, no dia 11 de abril de 1870. Foi um general militar e político argentino, e presidente da Argentina entre 1854 e 1860. Seu pai, José Narciso de Urquiza Álzaga, era espanhol, com ascendência espanhola e sua mãe, María Cándida García González, argentina, com ascendência espanhola (por parte de pai) e argentina (por parte de mãe). Durante sua presidência foram melhoradas as relações exteriores, se impulsionou a educação pública, se promoveu a colonização e se iniciaram planos para a construção de ferrovias. Seu trabalho de organização nacional foi, entretanto, atrapalhado pela oposição de Buenos Aires. A guerra começou em 1859. Urquiza derrotou o exército provincial comandado por Bartolomé Mitre em outubro daquele ano na Batalha de Cepeda. As emendas constitucionais propostas por Buenos Aires foram adotadas em 1860. A paz teve, entretanto, vida curta, iniciando-se nova guerra civil. Urquiza novamente enfrentou o exército de Buenos Aires sob o comando de Mitre na Batalha de Pavón, em setembro de 1861. Mesmo com o resultado da batalha não parecendo se inclinar para nenhum dos lados, Urquiza se retirou, deixando a vitória nas mãos de Mitre.
Rua General Venâncio Flores (Rua Azevedo Lima – rua 16)
Venancio Flores nasceu em Trinidad, em Montevidéu, no Uruguai, em 18 de maio de 1808. Faleceu em Montevidéu no dia 19 de fevereiro de 1868. Foi um militar e político uruguaio. Foi presidente da República por dois mandatos (1854-1855 e 1865-1868). Em 1839, foi eleito chefe político do departamento de San José. Lutou na “Guerra Grande” contra Manuel Oribe e seus apoiadores argentinos se tornando uma figura importante no Partido Colorado. Formou um triunvirato com Fructuoso Rivera e Juan Antonio Lavalleja em 1853. Ele serviu como presidente interino do Uruguai e permaneceu no poder até agosto de 1855, quando foi deposto pelo presidente Blanco Manuel P. Bustamante, o que resultou na guerra civil e no refúgio de Flores na Argentina. Em 1863, ele iniciou uma rebelião (Cruzada Libertadora ou Cruzada do Libertador) contra o presidente do Blanco Bernardo Berro, o que levou à guerra civil no Uruguai. Com a ajuda de argentinos e brasileiros, em fevereiro de 1865 tomou Montevidéu. O governo de Flores terminou em 15 de fevereiro de 1868. Quatro dias depois de deixar o cargo de presidente, Flores foi assassinado por um grupo não identificado. Mas embora os assassinos de Flores não tenham sido formalmente identificados, pode-se acrescentar que como pano de fundo de seu assassinato está a intermitente Guerra Civil Uruguaia, que continuou durante grande parte do século XIX entre Colorados e Blancos.
Rua General Artigas ( Rua Miguel Braga – rua 17)
José Gervasio Artigas, também conhecido como Karaí-Guasú (Karaí-Guazu, también escrito como Karai-Guasu, palabra compuesta en guaraní cuya traducción más frecuente es Gran Señor), nombre por el que se conoce en la cultura guaraní al más grande señor o profeta. Durante su exilio en el Paraguay, José Gervasio Artigas recibió este nombre guaraní y además es reconocido por los indígenas como el “Padre de los Indios”. Artigas nasceu em Montevidéu no dia 19 de Junho de 1764, falecendo no dia 23 de setembro de 1850) em Ybyray, no Paraguai. Foi um político e militar uruguaio, sendo o herói nacional de seu país. Após as resoluções do Congresso de Tucumán, Artigas entrou em guerra contra o exército luso-brasileiro que invadira a Banda Oriental. Derrotado na batalha de Catalán, em 1817, Artigas iniciou movimentos de guerrilha que duraram três anos. Não podendo mais resistir, após a derrota na Batalha de Tacuarembó em 1820, asilou-se no Paraguai, onde morreu trinta anos depois, sem haver retornado a seu país.
Rua Rainha Guilhermina (Rua J. Antônio dos Santos – rua 18)
Frederica Luísa Guilhermina da Prússia foi a esposa do rei Guilherme I e Rainha Consorte do Reino Unido dos Países Baixos e Grã-Duquesa Consorte de Luxemburgo de 1815 até sua morte. Era filha do rei Frederico Guilherme II da Prússia com sua segunda esposa Frederica Luísa de Hesse-Darmstadt. Nascimento: 18 de novembro de 1774, Potsdam, na Alemanha
Falecimento: 12 de outubro de 1837, Palácio Noordeinde, Haia, Países Baixos). Guilhermina se tornou rainha dos Países Baixos em 16 de março de 1815, quando da ascensão do marido. Era modesta, não sendo uma rainha ativa politicamente. E ra uma estudante de artes e apoiava artistas. Guilhermina morreu no Palácio Noordeinde, e foi enterrada em Nieuwe Kerk em Delft, assim como o marido, que morreu em 1843.
Rua Aristides Spínola ( nunca mudou de nome – rua 19)
Aristides de Sousa Spínola nasceu em Caetité, na Bahia, no dia 29 de agosto de 1850. Faleceu no Rio de Janeiro em 9 de julho de 1925. Foi advogado, político, abolicionista e espírita brasileiro. Cursou a Faculdade de Direito do Recife, colega de Castro Alves, Rui Barbosa, Plínio de Lima, sendo de todos o único a ser laureado. Após seu brilhante curso, foi nomeado pelo Imperador D. Pedro II presidente da província de Goiás. Desde cedo afeito à carreira política, por sucessivos mandatos ocupou uma cadeira no Congresso Nacional, como Deputado. Desta sua passagem pela política alguns episódios marcaram tanto que acabou tornando-se personagem do romance Sinhazinha, do Afrânio Peixoto. Converte-se, em fins do século XIX, ao Espiritismo, dedicando-se quase exclusivamente à causa, inclusive como advogado de médiuns, então perseguidos. Presidiu a Federação Espírita Brasileira (FEB), em diversas ocasiões. Sua bondade e desapego impressionou entre outros a Hermes Lima, este que viria a ser primeiro-ministro do Brasil e membro da Academia. Foi presidente da província de Goiás, nomeado por carta imperial de 9 de janeiro de 1879, de 18 de março de 1879 a 28 de dezembro de 1880.
Rua Rita Ludolf ( nunca mudou de nome – rua 20)
Rita Ludolf nasceu no Rio Grande do Sul e faleceu no Rio de Janeiro. Esposa do engenheiro José Ludolf, um dos diretores da Empresa Industrial Leblon, que abriu várias ruas no bairro e que lhes deu nomes de seus parentes. Rita Ludolf dedicou sua vida a obras de cunho beneficente voltadas, sobretudo, para crianças carentes.
Rua Jeronimo Monteiro ( Rua 21)
Jerônimo de Sousa Monteiro nasceu em Cachoeiro de Itapemirim em 4 de junho de 1870 e faleceu em 23 de outubro de 1933. Foi um advogado e político brasileiro. Governador do Espírito Santo entre 1908 e 1912, além de senador, deputado estadual e federal, mandatos exercidos entre 1896 e 1927. Veio de uma família abastada de fazendeiros de Cachoeiro de Itapemirim. Escolhido pelo governador Henrique Coutinho para ser advogado do Estado, cargo que o projetou para ser governador, pois durante esse período ajudou a sanar as dívidas contraídas pelo estado no mandato de José de Melo Carvalho Muniz Freire. Alem da rua no Leblon, Jeronimo Monteiro é um município brasileiro do estado do Espírito Santo. Está localizado na região central do sul do estado, sendo o sexto menor município em extensão territorial do Espírito Santo.
Avenida General San Martín (Rua Dr. Del Vechio)
José Francisco de San Martín y Matorras nasceu em Yapeyú, na Argentina, no dia 25 de fevereiro de 1778 vindo a falecer em Boulogne-sur-Mer,na França, em 17 de agosto de 1850). Foi um general argentino e o primeiro líder da parte sul da América do Sul que obteve sucesso no seu esforço para a independência da Espanha, tendo participado ativamente dos processos de independência da Argentina, do Chile e do Peru.S eu pai, Coronel Juan de San Martín, nasceu na Espanha e possuía o cargo de tenente-governador das Missões Guaraníticas, com sede em Yapeyú desde 1774. A mãe, Gregoria Matorras, era sobrinha de um conquistador da região do Chaco. Em 1781, a família mudou-se para Buenos Aires. Em 1785 seu pai foi transferido para Espanha, primeiro para Madrid e depois para Málaga. Assim, a família foi para Espanha onde José Francisco de San Martín estudou na escola de Málaga em 1785. Em 1812 renuncia à carreira militar na Espanha. Neste mesmo ano, por intermédio de Lord Macduff, obteve um passaporte para viajar à Inglaterra, onde encontrou-se com compatriotas da América espanhola: Alvear, Zapiola, Andrés Bello, Tomás Guido, entre outros. Todos formavam parte de uma sociedade chamada Loja Lautaro, fundada por Francisco de Miranda, o qual, junto com Simón Bolívar, já lutava na América pela independência da Venezuela. Em 9 de março de 1812 chegou a Ivaiporã, no Paraná, para se colocar ao lado das tropas que lutavam pela libertação da América espanhola. Ele conduziu os rebeldes à vitória contra as tropas espanholas do general José Zavala na batalha de San Lorenzo de Paraná, em fevereiro de 1813. Recebeu o posto de General do governo revolucionário. Em 28 de julho de 1821, proclamou a independência do Peru.
Avenida Ataulpho de Paiva (nunca mudou de nome)
Ataulpho Nápoles de Paiva nasceu São João Marcos (antigo município do Rio de Janeiro) em 1 de fevereiro de 1867. Morreu, também, no Rio de Janeiro em 8 de maio de 1955). Foi advogado, magistrado e orador brasileiro. Diplomado pela Faculdade de Direito de São Paulo, exerceu o cargo de juiz municipal em Pindamonhangaba (SP), juiz do Tribunal Civil e Criminal na cidade do Rio de Janeiro, desembargador e presidente do Tribunal de Apelação, ministro do Supremo Tribunal Federal, presidente do Conselho Nacional do Trabalho, entre outras funções públicas. Também foi um dos fundadores Liga Brasileira contra a Tuberculose e membro do instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, além do Conselho Nacional do Serviço Social e da Academia Fluminense de Letras. Foi membro presidente da Academia Brasileira de Letras, eleito em 9 de dezembro de 1916 para suceder na cadeira 25 o acadêmico Artur Orlando da Silva.
Avenida Delfim Moreira (nunca mudou de nome)
Delfim Moreira da Costa Ribeiro nasceu no município mineiro de Cristina ( o mesmo onde nasceu o ministro aposentado do STF e ex-integrante da Corte Internacional da Haia, Francisco Rezek ) em 7 de novembro de 1868. Faleceu em Santa Rita do Sapucaí (município vizinho a Cristina) em 1 de julho de 1920. Foi um advogado e político brasileiro, servindo como o 8.º vice-presidente do Brasil, de sua posse em 15 de novembro de 1918 até sua morte em 1 de julho de 1920. Nesse período, entre 15 de novembro de 1918 e 28 de julho de 1919, foi o 10.º presidente do Brasil. Estudou no seminário de Mariana (MG) e cursou direito na Faculdade de Direito de São Paulo, diplomando-se em 1890. Pertencente à geração de republicanos históricos mineiros. Foi deputado estadual de 1894 a 1902, sendo nomeado secretário do interior de Minas Gerais. Delfim Moreira também foi governador do estado de Minas Gerais, de 1914 a 1918. Eleito vice-presidente na chapa de Rodrigues Alves durante as eleições, assumiu a presidência em virtude do falecimento daquele, vítima da Gripe Espanhola, até que fossem convocadas novas eleições (à época a Constituição previa que o vice-presidente só assumiria definitivamente caso o presidente morresse depois de decorridos dois anos de sua posse, ou seja, a metade de seu mandato), tornando-se presidente interino do Brasil. Delfim Moreira sofreu durante sua presidência de uma doença, arteriosclerose precoce, que o deixava totalmente desconcentrado e desligado de suas tarefas, sendo que, na prática, quem tomava as decisões era o ministro Afrânio de Melo Franco. Quando morreu, logo após deixar a presidência, ainda ocupava a vice-presidência do governo de Epitácio Pessoa.
Rua Timóteo da Costa
A rua Timóteo da Costa está localizada no Leblon, mais precisamente em uma área conhecida como Alto Leblon. Tem início na Avenida Visconde de Albuquerque e em um determinado ponto ela acaba e se inicia a Rua Sambaíba. Para quem busca sossego e silêncio, a Timóteo da Costa é uma área mais reservada, segura e tranquila em relação a todo bairro do Leblon, já que ali não existe uma grande concentração comercial. Essa região onde está a rua Timóteo da Costa é a parte mais elite do bairro carioca e também a mais elevada, já que a maioria das ruas possuem subidas íngremes. Quem tem o privilégio de morar lá no alto tem uma vista incrível para toda praia do Leblon, Morro Dois Irmãos e Mirante do Leblon, pontos turísticos clássicos que todos devem conhecer um dia. O nome da rua Timóteo da Costa é uma homenagem a Artur Timóteo da Costa, nascido no Rio de Janeiro em 12 de novembro de 1882. Faleceu na mesma cidade em 5 de outubro de 1922. Formação: Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1919, funda com um grupo de artistas a Sociedade Brasileira de Belas Artes na cidade do Rio de Janeiro, e propõe, em 1920, a livre participação dos artistas filiados à sociedade nas Exposições Gerais de Belas Artes. Nesse mesmo ano, executa com seu irmão a decoração do Salão Nobre do Fluminense Futebol Clube. Em 1921, participa pela última vez da Exposição Geral de Belas Artes. Morre no ano seguinte, como interno do Hospício dos Alienados do Rio de Janeiro. Em 1893, dentro do hospício, foi criado o Pavilhão de Observação, que era um local destinado à assistência dos pacientes e estudos de psicopatologia. Este pavilhão era destinado a atividades acadêmicas e eram administradas aulas de psiquiatria para os alunos da faculdade de medicina. Em 1938, o Instituto de Psicopatologia e Assistência a Psicopatas foi transferido para a Universidade do Brasil, e hoje em dia é o Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB).
Rua Dias Ferreira (Rua do Pau e Sapé)
José Eugénio Dias Ferreira nasceu em Lisboa em 13 de Novembro de 1882. Faleceu em Lisboa em 17 de Janeiro de 1953). Advogado, jurista e professor universitário português. O seu nome aparece intimamente ligado à Greve Académica de 1907 — quando se candidatou à obtenção do grau de doutor na Universidade de Coimbra, a sua injusta reprovação no segundo dia de provas, a 28 de Fevereiro de 1907, por manifesto acto de abuso administrativo perpetrado pelo júri, causou escândalo na academia, que levou José Eugénio em ombros, o aclamou como herói. Começou assim, como pretexto, uma das mais importantes greves estudantis de sempre, a famosa greve académica desse ano, que esteve na base da Ditadura de João Franco. Anos mais tarde, José Eugénio viria a defender a sua tese de doutoramento em Direito, em Coimbra, tendo sido aprovado e laureado. Foi iniciado na Maçonaria em data desconhecida de 1904, com o nome simbólico de Littré, e regularizado na Loja Pátria, de Coimbra, afecta ao Grande Oriente Lusitano. Passou a coberto em 1912. Foi Militante do Partido Republicano Português.
Rua Conde de Bernadotte (Travessa do Pau)
Folke Bernadotte, conde de Wisborg nasceu em Estocolmo no dia 2 de janeiro de 1895, vindo a falecer em Jerusalém em 17 de setembro de 1948. Mais conhecido como Conde Bernadotte, foi um nobre e diplomata sueco, conhecido pela negociação da libertação de cerca de 31 mil prisioneiros de campos de concentração alemães durante a Segunda Guerra Mundial, incluindo 423 judeus dinamarqueses de Theresienstadt, que foram libertados em 14 de abril de 1945. Após a aprovação do Plano de Partição da Palestina, em 29 de novembro de 1947, agravaram-se os confrontos entre judeus e árabes na Palestina, então sob mandato britânico. Em 20 de junho de 1948, o conde foi escolhido pelo Conselho de Segurança da ONU para ser o mediador entre as partes em conflito, fazer cessar as hostilidades e supervisionar a aplicação da partição territorial da Palestina Mandatária. Foi o primeiro mediador oficial da história da organização. Todavia, pouco depois do início da missão, em setembro do mesmo ano, Bernadotte foi assassinado em Jerusalém, pelo grupo sionista Lehi. A decisão de matá-lo foi tomada por Natan Yellin-Mor, Yisrael Eldad e Yitzhak Shamir, que mais tarde seria primeiro-ministro de Israel.
Rua Almirante Pereira Guimarães
Protógenes Pereira Guimarães nasceu em Florianópolis (SC) em 8 de maio de 1876.Faleceu em Niterói no dia 6 de janeiro de 1938. Foi militar e político brasileiro. Nasceu na então Ilha de Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, e na juventude matriculou-se na Escola Naval no ano de 1891, iniciando sua carreira na Marinha do Brasil como aspirante a guarda marinha, em 27 de fevereiro de 1891. Com a vitória da Revolução de 1930, foi nomeado por decreto de 20 de novembro daquele ano, ao cargo de diretor geral da Aeronáutica. Foi nomeado também ministro da Marinha durante o período de 9 de junho de 1931 a 12 de novembro de 1935. Foi promovido ao posto de Vice Almirante, por decreto de 29 de setembro de 1932. Em outubro de 1934, concorreu à Câmara Federal pelo Rio de Janeiro, na legenda do Partido Popular Radical (PPR). Eleito, renunciou ao mandato porque o presidente da República, Getúlio Vargas se negara a aceitar sua exoneração do Ministério da Marinha, que chefiou até sua eleição ao governo fluminense. Foi promovido ao posto de Almirante. Após a nomeação de diversos interventores por parte do governo federal, em 1935 os fluminenses o elegeram governador, apoiado pela Coligação Radical Socialista (aliança entre o Partido Popular Radical e o Partido Socialista Fluminense, mas as eleições do dia 25 de setembro – indiretas, votando apenas a Assembleia Legislativa, como previa a Constituição de 1934 – foram anuladas devido a atos de violência. A segunda votação, em 12 de novembro, sacramentou a eleição de Protógenes Guimarães. Com a implementação do Estado Novo, entrega o governo do Rio de Janeiro ao presidente da Assembleia Legislativa, Heitor Barcelos Collet que o repassa ao novo interventor, Ernani do Amaral Peixoto. Chegou à presidência do Clube Naval, no período de 11 de junho de 1923 e 11 de junho de 1925.
Rua Afranio de Melo Franco
Afrânio Camorim Jacaúna de Otingi de Melo Franco nasceu em Paracatu (MG), a mesma onde nasceu o ex-presidente do STF, ministro aposentado Joaquim Barbosa, em 25 de fevereiro de 1870. Morreu no Rio de Janeiro em 1 de janeiro de 1943).Foi diplomata e político brasileiro. Formado na Faculdade de Direito de São Paulo em 1891, foi promotor público em municípios do interior de Minas Gerais e, posteriormente, entrou para a carreira diplomática, tendo sido designado, em 1896, segundo secretário de legação na embaixada em Montevidéu (Uruguai). Seu segundo posto foi a capital belga, Bruxelas. Abandonou a carreira e em 1902 candidatou-se e foi eleito deputado estadual em Minas Gerais e, em 1906, deputado federal, tendo sido reeleito para vários mandatos até 1929. Foi Ministro da Viação no governo Delfim Moreira e embaixador na Liga das Nações em Genebra, Suíça. Devido à doença que acometeu o presidente, Afrânio de Melo Franco tornou-se responsável pela decisão de muitas questões governamentais, vindo mesmo a ser chamado de “primeiro-ministro do Brasil”. Foram seus filhos, Afrânio de Melo Franco Júnior, Afonso Arinos de Melo Franco e Virgílio Alvim de Melo Franco, personalidades de destaque na vida pública brasileira. Afrânio de Melo Franco atuou proeminentemente para a resolução da Guerra do Chaco, entre Bolívia e Paraguai, e dos conflitos do porto de Leticia, entre Peru e Colômbia, em 1932. Em reconhecimento disso, foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz 46 vezes, em 3 diferentes anos: 1935, 1937 e 1938.
Avenida Visconde de Albuquerque
Antônio Francisco de Paula de Holanda Cavalcanti de Albuquerque, o Visconde de Albuquerque nasceu em Engenho Pantorra, Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco no dia 21 de agosto de 1797. Faleceu no Rio de Janeiro em 14 de abril de 1863). Foi militar, proprietário rural e político brasileiro.Aos dez anos foi cadete, sendo oficial do exército promovido mais tarde a tenente-coronel,[1] posto em que foi reformado, em 9 de novembro de 1832.
Em 1816 saiu de Pernambuco para o Rio de Janeiro, de onde seguiu para Moçambique como ajudante de ordens do governador e capitão-general da capitania de Moçambique, José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, seu tio. De volta ao Rio de Janeiro, seguiu para Macau nomeado lente do segundo ano da Escola Real de Pilotos, em aviso de 12 de junho de 1819, e sargento-mor do batalhão do Príncipe Regente. Voltou ao Brasil definitivamente em 1824.
Depois da Independência brasileira, militou na política da sua pátria. Foi eleito deputado geral por sua província na 1ª legislatura, de 1826 a 1829, na 2ª e 3ª de 1830 a 1837. Foi senador do Império do Brasil, de 1838 a 1863. Em 3 de novembro de 1830 foi nomeado ministro e secretário de estado dos negócios da Fazenda; em 1 de agosto de 1832 foi nomeado ministro do Império e da Fazenda; em 24 de julho de 1840, ministro da Marinha; de 23 de maio de 1844 a 29 de abril de 1847, ministro da Marinha, da Fazenda e da Guerra; e, em 30 de maio de 1862, ministro da Fazenda, cargo que ocupava quando de seu falecimento.
Serviu de conselheiro do Estado para o que foi nomeado extraordinário em 14 de setembro de 1850 e ordinário em 20 de agosto de 1859. Em 20 de agosto de 1840 foi nomeado Gentil-Homem da Imperial Câmara. Recebeu o título de 1.º Visconde com grandeza de Albuquerque em 2 de dezembro de 1854. Em 3 de dezembro de 1837, em substituição a José Bonifácio de Andrada e Silva, foi eleito Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, cargo que ocupou até 1850, quando então o passou a Miguel Calmon du Pin e Almeida (Marquês de Abrantes). Desempenhou cargos de relevo no Grande Oriente de Portugal, nomeadamente o de seu representante junto da Maçonaria Brasileira em 1858. O Visconde Albuquerque faleceu de hepatite aos 65 anos de idade, já viúvo. Seu corpo foi sepultado no Cemitério São João Batista(RJ).
Rua Oswaldo Goeldi (chamada pelos moradores de rua Leblon)
A rua Leblon ou Rua Osvaldo Goeldi – desenhista, ilustrador, gravador, e professor brasileiro. Nasceu no Rio de Janeiro em 31 de outubro de 1895, falecendo em 16 de fevereiro de 1961, também Rio de Janeiro -está localizada no centro do quarteirão, entre a Rua Almirante Guilhem e Avenida Afrânio de Melo Franco. Segundo o Setor de Nomenclatura da SMU a rua de vila particular recebeu o nome de Rua Osvaldo Goeldi e atualmente é conhecida como rua Leblon.O lote é comprido e estreito, e tem duas frentes, uma pela a Avenida Delfim Moreira e outra, pela Avenida General San Martin. Para garantir seu máximo aproveitamento, no início dos anos de 1940, foi desmembrado e loteado, conforme o PAAL nº 7896. Sua forma de implantação é de vila particular, tendo no meio do lote uma rua estreita, com unidades residenciais enfileiradas e voltadas para a rua, sendo nove unidades no lado impar e oito no lado par. Tem entradas pelo número 200 da Avenida Delfim Moreira e saida pela Avenida General San Martin. Ao todo são cerca de 17 imóveis, entre dois e seis pavimentos e pelas fachadas dos três preservados, pode-se ver os contornos da arquitetura dos anos de 1940. As leves variações das edificações, tanto de alinhamento, como de projeção horizontal, e a tranqüilidade da rua definem uma atmosfera pitoresca e ao mesmo tempo sofisticada que mantém um charme e desperta sentimentos diversos em seus inúmeros moradores.
Rua Aperana
A Rua Aperana começa na Rua Igarapava e termina no alto do Mirante Dois Irmãos. SignificaDo Tupi: Ape+rana, cujo significado é “caminho falso”, de fato ela é uma rua sem saída.
Rua Igarapava
A rua Igarapava começa no cruzamento das Avenidas Visconde de Albuquerque e Avenida Ataulfo de Paiva e termina na rua Professor Brandão Filho. Diz a lenda que índios que habitavam o local navegavam pelos dois canais de águas, que eram muito mais amplos que hoje em canoas compridas, feitas do oco dos grandes troncos e que levavam até quarenta índios, encostavam naquele vão alargado hoje compreendido entre a Visconde de Albuquerque e a Rua Igarapava.
Rua professor Brandão Filho
A rua professor Brandão Filho é predomimantemente residencial com 98,55% endereços residenciais e está localizada no bairro de Leblon na cidade de Rio de Janeiro. Com mais de 68 domicílios, a rua caracteriza-se por 1,47% de domicílios constituído de casas, sobrados ou similares e 98,53% de edifícios de apartamentos ou conjuntos residenciais com vários domicílios de famílias distintas. Augusto de Souza Brandão Filho nasceu em Cantagalo no dia 19 de maio de 1881 Morreu no Rio de Janeiro em 18 de setembro de 1957. Foi um médico neurocirurgião brasileiro e um dos precursores da neurocirurgia no Brasil. Formou-se pela Faculdade Nacional de Medicina com tese de doutoramento “Hérnia perinal posterior “(1903). Foi professor catedrático da cadeira de Clínica Cirúrgica (1925). Iniciou suas atividades cirúrgicas na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Um dos fundadores da escola cirúrgica brasileira. Foi pioneiro no tratamento cirúrgico dos tumores cerebrais, na ventriculografia e a angiografia cerebral e dos exames neuroradiológicos no Brasil. Foi eleito membro titular da Cadeira 78 da Academia Nacional de Medicina (1922).[1] Foi membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e patrono da cadeira nº 73 da Academia Brasileira de Medicina Militar. Augusto Brandão Filho recebeu o titulo de “príncipe dos cirurgiões”.
Rua Adalberto Ferreira
Adalberto Ferreira do Vale nasceu em Belém (PA) no dia 3 de junho de 1909 vindo a morrer em São Paulo no dia 4 de fevereiro de 1963). Mais conhecido como Adalberto Vale, foi um advogado, empresário e político brasileiro, outrora deputado federal pelo Amazonas. Advogado formado em 1931 na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Nesse mesmo ano Adalberto Vale assumiu a administração dos seringais da família no Amazonas devido ao falecimento do pai. De tão extensos, os mesmos serviram de inspiração para o romance A Selva, do escritor português Ferreira de Castro. Membro da diretoria da Refinaria de Petróleo de Manaus e fundador da Companhia Brasileira de Fiação e Tecelagem de Juta, retornou à capital paulista trabalhando na Companhia de Seguros Prudência e Capitalização, da qual foi presidente com o passar dos anos. Diretor do Banco Sul Americano do Brasil, em São Paulo e presidente da Sociedade Amigos de Campos do Jordão, Vale trabalhou nos ramos turístico, de importação e exportação, imobiliário, autopeças e publicidade e propaganda. Ingressou na vida pública ao eleger-se deputado federal pelo PTB do Amazonas em 1958, mas não disputou a reeleição. Faleceu três dias depois de encerrado o seu mandato parlamentar.
Rua Juquiá
Juquiá é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localizado na Mesorregião do Litoral Sul Paulista e na Microrregião de Registro, no Vale do Ribeira. O município é formado somente pelo distrito sede, que inclui o povoado de Cedro.Juquiá é um município brasileiro do estado de São Paulo. Santo Antônio de Juquiá foi fundada em 1829 por Felipe Fernandes. Em abril de 1853, foi elevada à condição de freguesia (ainda pertencendo a Iguape) e, com o advento da República, de distrito. O nome Juquiá só foi oficializado com a Lei nº 9073, de 31 de março de 1938. Em 30 de novembro de 1938, o distrito passou a pertencer ao município de Prainha, que a partir de 1944 se chamaria Miracatu. Em 24 de dezembro de 1948, ocorreu a emancipação, pela Lei nº 233/1948.O nome Juquiá, em tupi-guarani, pode significar “rio sujo”, “espinho de fruta” ou “armadilha para peixe”. Localizada entre São Paulo e Curitiba, faz divisa com Miracatu, Sete Barras, Registro, Iguape e Tapiraí, sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 18.908 habitantes. A cidade é cortada por três rodovias: a BR-116, também chamada de Rodovia Régis Bittencourt, a SP-79, que liga Juquiá ao município de Sorocaba e a SP-165, que liga Juquiá ao município de Sete Barras. A cidade também é cortada pela Linha Santos-Juquiá da antiga Estrada de Ferro Sorocabana que liga Juquiá ao Porto de Santos, cortando toda a região litorânea da Baixada Santista. Dessa linha férrea, segue-se uma extensão para trens cargueiros conhecida como Extensão Juquiá-Cajati da antiga Fepasa, que interliga o município à Cajati, atendendo a indústria cimenteira dessa localidade. Após serem privatizadas no final da década de 1990, ambas estão desativadas desde 2003 para o transporte de cargas. O transporte de passageiros na Linha Santos-Juquiá cessou em 1997. Com a devolução de ambas as linhas férreas para o governo federal, pretende-se reativá-las para fins turísticos. O município também é cortado por três rios: O rio Juquiá que deságua no rio Ribeira do Iguape e que se origina nos rios Juquiá-Guaçu, Assungüi e São lourenço, ambos no município de Juquiá. A cidade também possui duas usinas hidrelétricas: a Usina Hidrelétrica Salto do Iporanga no bairro Iporanga e a Usina Hidrelétrica Alecrim no bairro Juquiá-Guaçu, pertencentes a Companhia Brasileira de Alumínio.
Rua Arthur Ramos
Arthur Ramos de Araújo Pereira nasceu em Pilar, em Alagoas, em 7 de julho de 1903. Morreu em Paris no dia 31 de outubro de 1949. Foi um médico psiquiatra, psicólogo social, etnólogo, folclorista e antropólogo brasileiro. Um dos principais intelectuais de sua época, teve grande destaque nos estudos sobre o negro e sobre a identidade brasileira e foi também importante no processo de institucionalização das Ciências Sociais no Brasil. Como antropólogo Arthur em seus inscritos desenvolveu e cunha o termo “democracia racial” a que endereça ao Brasil, contudo o termo fica conhecido e divulgado por Gilberto Freyre. Além disso, contribui com seus estudos sobre psicologia social e psicanalise para a área da educação ao ser convidado pelo educador Anísio Teixeira para chefiar o Serviço de Ortofrenia e Higiene Mental-SOHM (1934-1939). Neste serviço, o médico alagoano, analisou mais de 2000 estudantes de escolas públicas, do Rio de Janeiro. Ele buscava romper com algumas concepções que rotulavam crianças como “anormais” por apresentarem comportamentos tidos como inadequados, como por exemplo: desatenção, rebeldia, mentira, dentre outros. O intelectual acreditava que os comportamentos não tinha uma origem meramente genética, mas, sobretudo, social. Assim, comprovou no referido serviço que a maior parte dos comportamentos tidos como indesejáveis advinha de questões do meio social (relações familiares, escolar). A família e a escola assume papel imprescindível na visão de Arthur Ramos para formação da personalidade. Como resultado do SOHM, ele publicou os livros A Criança Problema e Saúde do Espírito, ambos de 1939. O intelectual esteve envolvido no pensamento da época que anseiava por uma sociedade moderna e em ordem, visando o progresso. O saber médico tirou o foco do corpo individual e adentrou no corpo social por meio da educação do povo. Em 1933, muda-se para o Rio de Janeiro e é nomeado por Anísio Teixeira chefe do “Serviço de Ortofrenia e Higiene Mental”. No Rio de Janeiro, em 1934, dentre tantas outras obras já escritas, publica “O Negro Brasileiro”; assume a cátedra de Psicologia Social, vindo a ser consagrado como o pai da Antropologia Brasileira. Em 1935 casa-se com Luisa Gallet, viúva de Luciano Gallet, sua grande colaboradora, mas não tiveram filhos. Nos Estados Unidos ensinou, pesquisou e participou de vários simpósios nas Universidades de Louisiana, Califórnia, Harvard e Columbia, ao lado de grandes nomes das Ciências Sociais. No Brasil obteve reconhecimento e respeito de Jorge de Lima, Raquel de Queirós, Jorge Amado, Gilberto Freyre, Estácio de Lima, Théo Brandão, José Lins do Rego, Aurélio Buarque de Holanda, Graciliano Ramos, Nise da Silveira, Silvio de Macedo, Rita Palmares, Lily Lages e Gilberto de Macedo, dentre tantos outros, seus amigos e admiradores. Era um humanista e, através de suas idéias libertárias, lutou contra o imperialismo e o preconceito racial, sendo preso duas vezes pelo DOPS, na ditadura Vargas. Nunca esqueceu sua terra. Percebe-se isso quando escreveu: “A minha recompensa maior será a de estar ouvindo aquelas vozes queridas que os ventos constantemente me trazem do Pilar distante para a música do meu coração. Na capital francesa, em 1949, foi diretor do Departamento de Ciências Sociais da UNESCO, quando desenhou os primeiros contornos do Projeto UNESCO no Brasil, que ocorreu na década de 1950. Morreu ajudando a construir um Plano de Paz para o mundo, ao lado de Bertrand Russel, Jean Piaget, Maria Montessori e Julien Huxley. A morte prematura interrompeu, em plena maturidade, a sua trajetória intelectual, sacrificando não apenas a continuidade da obra mas a sua divulgação, especialmente nas três últimas décadas. De toda a sua vasta contribuição à antropologia, só O Negro Brasileiro, publicado pela primeira vez em 1934, ganhou, em 2001, nova reedição, dentro da série Memória Brasileira, da editora Graphia.
Rua João de Barros
João de Barros, chamado o Grande ou o Tito Lívio Português nasceu em (Viseu em 1496 . Morreu em Pombal, Santiago de Litém, Ribeira no dia 20 de Outubro de 1570). É geralmente considerado o primeiro grande historiador português e pioneiro da gramática da língua portuguesa, tendo escrito a segunda obra a normatizar a língua, tal como falada em seu tempo. Casou com Maria de Almeida, 3.ª Senhora da Quinta de São Lourenço, em Santiago de Litém, filha de Diogo de Almeida, nascido em 1479, Escrivão do Armazém de Lisboa e 2.º Senhor da Quinta de São Lourenço, em Santiago de Litém, e sua Capela na Igreja Matriz, e de sua mulher Catarina Coelho, irmã de Lourenço de Cáceres, a quem foi encomendada a História da Índia, incumbência em que sucedeu seu sobrinho por afinidade João de Barros. Dela teve cinco filhos e três filhas. Em 1534 Dom João III, procurando atrair colonos para se estabelecerem no Brasil, evitando assim as tentativas de invasão francesa, dividiu a colónia em capitanias hereditárias, seguindo um sistema que já havia sido utilizado nas ilhas atlânticas dos Açores, Madeira e Cabo Verde, com resultados comprovados. No ano seguinte João de Barros foi agraciado com a posse de duas capitanias, em parceria com Aires da Cunha, a Capitania do Rio Grande e a Capitania do Maranhão. Em novembro de 1535 partiu, do Tejo com destino ao Brasil, uma armada de dez navios, com 900 homens e mais de cem cavalos, comandada por Aires da Cunha, guerreiro experimentado nas conquistas do Oriente. João de Barros, sócio de Aires na expedição, enviou dois de seus filhos (Jerónimo e João) como seus representantes. Fernando Álvares de Andrade (Capitania do Maranhão – 2ª Secção), fez-se representar por um delegado de confiança. A grande armada dirigiu-se primeiro a Pernambuco, onde Duarte Coelho acolheu os expedicionários. Duarte Coelho forneceu informações e intérpretes aos expedicionários, assim como uma embarcação a remos, para preceder a armada e sondar a costa, de maneira a evitar que as naus dessem em baixíos ou demandassem portos sem fundo para ancoradouro. As primeiras 100 léguas ao norte da fronteira da Capitania de Itamaracá (Baía da Traição) pertenciam a Aires da Cunha e João de Barros e compreendiam os atuais estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte, e dali, seguindo para o Norte, as seguintes 40 léguas pertenciam a Antônio Cardoso de Barros, donatário da Capitania do Ceará, que abrangiam o atual estado do Ceará e parte do Piauí. Nas seguintes 75 léguas, ficava a capitania de Fernando Álvares de Andrade (Capitania do Maranhão – 2ª Secção) que abrangia parte do Piauí e do Maranhão, e do extremo desta capitania, contando 50 léguas, ficava outra capitania doada a Aires da Cunha e João de Barros (Capitania do Maranhão – 1ª Secção) que abrangia partes do Maranhão e do Pará. A fronteira norte desta capitania, pouco explorada, iria ser decidida na base da conquista, ao longo da história da colonização do Brasil. Desde sua partida de Pernambuco, a esquadra foi explorando a costa, sem fragmentar seus recursos em expedições secundárias ou ocupações, aparentemente com o único objetivo de alcançar a foz do rio Maranhão, em busca de ouro que haviam ouvido falar que haveria por aquelas bandas em grande quantidade. A viagem, ao longo de um litoral pouco explorado até então, foi morosa com a necessidade de sondagens frequentes. A embarcação a remos, cedida por Duarte Coelho, perdeu-se da expedição logo após cruzarem o Cabo de São Roque. No percurso entre o Cabo de São Roque e o rio Maranhão a náu capitania naufragou e Aires da Cunha pereceu, porém as naus restantes atingiram o estuário e desembarcam na Ilha de Trindade. Lá construíram um castelo e estabelecem uma colônia que batizaram de Nazareth. Durante cerca de três anos, exploraram as terras circunvizinhas em busca de ouro, navegando cerca de duzentas e cinquenta léguas rios acima, criando ainda mais dois povoamentos. Porém, sem ter encontrado o ouro e sendo constantemente atacados pelos Potiguaras, os expedicionários resolveram regressar a Portugal e no caminho 3 naus, levadas por ventos contrários, acabaram nas Antilhas aonde foram aprisionadas pelos espanhóis. Por volta de 1550, João de Barros tentou mais uma vez colonizar sua capitania, armando uma frota em que mandou seus dois filhos, porém os Potiguares e os franceses ofereceram resistência feroz, e mais uma vez os expedicionários regressaram a Portugal. Em 1554, Luís de Melo da Silva, voltou a tentar explorar a região com 3 naus, mas naufragou nos seus baixos. Em janeiro de 1568 sofreu um acidente vascular cerebral e foi exonerado das suas funções na Casa da Índia, recebendo título de fidalguia e uma tença régia do rei Dom Sebastião. Faleceu na sua quinta de Alitém, em Pombal, em 20 de outubro de 1570. Morreu na mais completa miséria, sendo tantas as suas dívidas que os filhos renunciaram ao seu testamento.