Essa é da lavra do craque da reportagem esportiva, o trepidante Deni Menezes:
“Lembrou bem em seu blog, Irineu Tamanini, do mestre Gentil Alves Cardoso, pai de Newton Cardoso, técnico da seleção no futebol dos Jogos Olímpicos de 1952, em Helsinque. Entre os exemplos e frases citados por você, tenho uma história que ele me contou em 67, enquanto técnico da Portuguesa carioca, que se concentrava em um casarão antigo na Rua Barão de São Félix, ao lado da Central. Ele me disse: seu jornal (eu o estava entrevistando para O Globo) fez uma pesquisa após a Copa de 50: quem deve ser o técnico da seleção na Copa de 54? Sabe qual foi a resposta? Gentil. E passando a mão direita no braço, voltou a perguntar: sabe por que a CBD não me chamou? E arrrematou: a cor da pele. Como a seleção poderia chegar à Copa com um técnico negro, logo na Suíça… Ah, Irineu, pra fechar: ele lançou o megafone para orientar os jogadores do América, em vários treinos que cobri. E gostava de frases no quadro-negro (te lembra do quadro-negro, Irineu?), tipo uma que nunca esqueci: “Focinho de porco não é tomada”…
Ah, as histórias. Quantas e quantas, Irineu Tamanini …”