A história abaixo é contada pelo meu amigo Hélio Tremendani, eterno presidente da Associação Recreativa Unidos do Cruzeiro (ARUC) e campeoníssimo várias vezes no carnaval de Brasília:
“Morava ainda criança com a minha família na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. O comentário dos meus amigos e vizinhos era que, ao mudarmos para a capital federal, íamos morar na selva, rodeados por animais e até mesmo encontraria personagens da ficção, tais como Tarzan, Jim da Selva, a Macaca Chita etc… Para um menino de 6 anos era motivo de pesadelos constantes.
A minha vida na Ilha era com praia todos os dias. Toda segunda-feira, eu e meus amigos fazíamos um pente fino nas areias procurando objetos perdidos e algumas vezes achávamos cordões, moedas, dinheiro etc…
Eu tinha um primo chamado Elmo, que me protegia. Com pinta de galã, no alto dos seus 1.90cm, eu ficava todo empolgado passeando com ele.
Como morávamos a poucos metros da praia, uma frase ficou marcada na minha família: “mamãe posso cair?!”, era o pedido para entrar no mar. Antes dela responder, eu já tinha entrado e a resposta era sempre “não!”. Só que ela sabia que já estava tomando banho de mar. Na volta, eu sempre dava a mesma desculpa, de que um amiguinho tinha me empurrado e eu era perdoado.”