A história abaixo é contada pela brilhante repórter gaúcha (torcedora ‘doente’ do Internacional de Porto Alegre, Maria Luiza Damé. Em Brasília, Luiza Damé trabalhou na Folha de S.Paulo e jornal O Globo. Luiza foi quem me incentivou a criar o blogdotamanini. Gostei da ideia trilegal (como dizem os gaúchos) e o blog está atividade revelando os bastidores políticos e jurídicos.
” Na época do governo FHC, muitos confundiam Clovis Carvalho (ex-ministro da Casa Civil) com o ministro Celso de Mello (STF) e o ministro Gilmar Mendes (STF) com o ex-deputado João Almeida (PSDB-BA). Certa vez, em uma das tantas crises entre o PSDB e o PFL (hoje DEM), os partidos que davam sustentação a FHC, eu e Cátia Seabra chegamos para um plantão no pilotis do prédio onde morava o ex-deputado José Aníbal (PSDB-SP). Tucanos de alta plumagem se reuniriam para discutir a mais nova crise com o principal aliado. Quando João Almeida entrava no prédio, chegou uma equipe de TV. Eu me afastei um pouco para dar um retorno à redação da Folha de S.Paulo, onde trabalhava naquela época. Quando estou voltando, vejo Cátia em frente à repórter da TV acenando desesperadamente e interrompendo a conversa da colega com a redação. Chego a tempo de ouvir o motivo do desespero da Cátia, naquela época, repórter de O Globo. “Não é o Gilmar Mendes. Aquele que acabou de chegar é o deputado João Almeida, do PSDB da Bahia”. Gilmar Mendes, na época, era o advogado-geral da União, e a sua presença no convescote tucano seria como jogar gasolina na crise política. Se não fosse a pronta intervenção da Cátia, a crise seria nas nossas redações, até explicarmos que não comemos moscas e que o AGU não estava na reunião dos tucanos.