Na primeira vez que estive no Japão acompanhando como repórter uma visita presidencial trouxe de presente para a minha mulher, Carmen, que hoje, certamente, não seria permitido levar a bordo. Comprei no saguão do hotel onde estava hospedado, logo após fazer o check out, uma linda e saborosa torta (inteira) de chocolate. Pedi para que o funcionário japonês da loja reforçasse o embrulho e fui para o aeroporto. Embarquei no avião da Varig (que saudade da Varig) e coloquei a torta no bagageiro que fica a bordo em cima dos assentos da aeronave. O vôo – muito longo – seguiu direto para São Paulo. Retirei a torta com todo o cuidado após o pouso em Guarulhos e repeti a operação no outro vôo para Brasília. Ao chegar em casa, Carmen não acreditou que tinha trazido uma torta de chocolate inteirinha de Tóquio. Ela e os meus filhos comeram tão rápido que, juro por Deus, não comi nenhum pedaço. E olha que a torta não era pequena.
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