Do meu amigo advogado, jornalista, escritor e, principalmente, torcedor apaixonado do Fluminense, Ernani Buchmann recebo convite para a realização, no dia 28 de outubro, da tradicional festa em Curitiba, onde reside, feito pelos amigos, para os amigos graças “a uma ave de arribação chamada Valério Fabris. Um jornalista que por onde passa só arrasta coisa boa”. Conheço Fabris há muito tempo. Moramos e trabalhamos em Brasília mas hoje ele vive em Curitiba e eu no Rio de Janeiro. Fabris é capixaba de Cachoeiro do Itapemirim, a terra do rei Roberto Carlos e outros dois artistas sem tanto prestígio musical mas da melhor qualidade: Sergio Garscchagen e Antonio Carlos Campos, mais conhecido como Bininha:
“Foi dada a largada para o Baile do Ernani Buchmann. Um baile feito pelos amigos, para os amigos, que virou tradição em Curitiba graças a uma ave de arribação chamada Valério Fabris. Um jornalista que por onde passa só arrasta coisa boa.
Nascido em Cachoeiro do Itapemirim, Valério Fabris é um ser gregário. Gregário é quem vive em bando, mas ele prefere a caterva. A caterva, como se diz em Curitiba, é também chamada em outros lugares de malta, corja, matula, mamparra, manada.
Valério Fabris tem agora endereço em Minas Gerais e a caterva se espalha pelo Brasil, onde ele tem mapeado um milhão de amigos, porque essa gente de Cachoeiro só isso quer da vida: ter um milhão de amigos.
Cidadão honorário e aclamado de Belo Horizonte, é como se fosse cidadão benemérito de Brasília, Florianópolis ou Curitiba, capitais onde deixou esparramar sua generosidade e competência profissional de ex-repórter especial da revista Veja e ex-chefe das sucursais da Gazeta Mercantil no Paraná e Santa Catarina. Empresários, políticos, arquitetos, artistas, jornalistas principalmente, essa é a caterva de Valério.
O cronista Luiz Geraldo Mazza sabe do que Valério Fabris é capaz: certa vez, o comentarista da CBN foi convidado para uma festa; e não era uma festa qualquer: era o Baile do Mazza, em 1985. Assim, com iniciais maiúsculas, porque o baile se tornou uma tradição sem tempo marcado para acontecer. Seguiu o Baile do Mercer, o Baile do Lachini, coisas do Valério e seu bando de amigos. Com grandes orquestras, na Sociedade Garibaldi ou no Clube Concórdia, ceia da meia-noite, café da manhã para os últimos que eram sempre os primeiros a chegar. Mais que um ser gregário, Valério Fabris é o agregador do impossível: no Baile do Mazza, até os desafetos do polêmico jornalista vestiram a fatiota da caterva.
Dia 28 de outubro a caterva vai bailar com Ernani Buchmann. Vamos celebrar no Palácio Garibaldi um magnífico ajuntamento de amigos para homenagear com uma grande orquestra e muito bom humor o advogado, publicitário e escritor que está há 75 anos nos bailes da vida.