Acredite quem quiser. Encontrei hoje à tarde (26.6.22), na rua José Linhares, no Leblon, no Rio de Janeiro, um torcedor com uma linda camisa oficial do América do Rio ( a foto está na minha página no Facebook). Seu nome : Fábio. Mais inacreditável ainda: “não sou torcedor do América. Sou torcedor do Bangu. Comprei esta camisa vermelha em loja de esporte no centro da cidade porque achei muito bonita”, disse ele com um largo sorriso. Perguntei se poderia tirar uma foto e o Fábio respondeu que sim. Disse ao Fábio que a minha saudosa mãe, Cely Passos Tamanini, era torcedora do América.
Assim que publiquei a foto no Facebook o meu amigo e diplomata de Hernan Rojas, nascido na Costa Rica mas residente há muitos anos em Brasília, postou o seguinte comentário: “Tamanini, foi inspirado na camisa do América do Rio de Janeiro, que os diplomatas estrangeiros escolhemos essa cor para ser o uniforme do CDB (Corpo Diplomático de Brasília).
O meu amigo e jornalista Stenio Ribeiro escreveu: “continuo torcendo pelo meu Mequinha (campeão dos campeões em 1960) ou o que resta dele”. O também jornalista e Flamengo roxo, João Carlos Marques Henriques lembrou com carinho que ” meu saudoso pai era torcedor do América. A camisa realmente é bonita”. O meu amigo de infância no Leblon, Mauro Aquino, tricolor como eu, escreveu: “esta camisa é linda. Sangue”. O meu amigo, jornalista, vascaíno roxo, Sergio Pugliese, dono do site “Museu da Pelada” também se rendeu ao América: “E a camisa é linda mesmo!”.
Não posso deixar de registrar o lindo hino do América, composição de Lamartine Babo:
Hei de torcer, torcer, torcer
Hei de torcer até morrer, morrer, morrer
Pois a torcida americana é toda assim
A começar por mim
A cor do pavilhão é a cor do nosso coração
Em nossos dias de emoção
Toda torcida cantará esta canção
Tra-la-la-la-la-la
Tra-la-la-la-la-la
Tra-la-la-la-la
Campeões de 13, 16 e 22
Tra-la-la
Temos muitas glórias
E surgirão outras depois
Tra-la-la
Campeões com a pelota nos pés
Fabricamos aos montes, aos dez
Nós ainda queremos muito mais
América unido vencerás!
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Após a publicação da foto, recebi a informação do tricolor Ricardo Mazella que o Márcio é filho de um dos maiores repórteres esportivos do país, o também tricolor Deni Menezes, meu dileto amigo há décadas. Perguntei então ao Deni e ele respondeu prontamente:
“Sim, Irineu, desde às 7h20min da manhã do sábado, 23 de novembro de 1968, quando nasceu na Maternidade Arnaldo de Moraes, em Copacabana. Salvo engano, hoje é Hospital São Lucas. Fábio Oliva Menezes é carioca, advogado formado Pela PUC, tem dupla cidadania, porque conseguiu passaporte italiano, origem do avô materno Francisco Oliva. Fábio tornou-se banguense por causa do Leonel Brizola, que o recebeu no palanque de campanha política, em Ipanema, onde
moramos, quando voltei da Copa de 70, até 1998, quando voltei da Copa da França, e nos mudamos para o Leblon. O Brizola se dizia banguense e ele assimilou isso, e criou a torcida Castores de Ipanema, que só tinha dois integrantes, ele e o Alexandre, filho do Maurício Sherman, da televisão. Fábio viveu anos na Europa e escolheu como base Reikjavik, capital da Islândia, onde fez de tudo um pouco, inclusive participando do futebol, ao atrair alguns jogadores jovens, sem chance em equipes do Rio de Janeiro, que foram jogar por lá. Ele domina bem o inglês, de fala e de texto, e sabe de internet. No mais, espero confirmação para batermos um papo pessoal no café, zinho ou mais amplo, com pão na chapa etc, etc. Abs, Irineu.”