Eduardo Maia Venturini, mais conhecido como Dudu Maia, é um produtor musical, bandolinista e compositor brasileiro, ex-integrante do Trio Brasileiro como bandolinista, grupo de choro formado há dez anos por ele e os irmãos Alexandre Lora e Douglas Lora. A carreira de Dudu Maia teve início em 1998, em sua cidade natal, Brasília, quando começou a aprender bandolim, por influência de seus amigos Reco do Bandolim, presidente do Clube do Choro de Brasília e fundador da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, e Hamilton de Holanda.
Quatro anos depois, já estava dando aulas de bandolim na mais renomada escola de choro do Brasil, a Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, onde trabalhou por cinco anos, tendo, inclusive, desenvolvido um método próprio de ensino do choro e do bandolim brasileiro que passou a fazer parte do “Manual do Choro”, livro de referência para os estudantes do chorinho escrito por Dudu em conjunto com o violinista Henrique Neto. Em razão de seu grande destaque na criação do manual, Dudu Maia foi convidado para lecionar no Simpósio de Mandolim de David Grisman e Mike Marshall em Santa Cruz, na Califórnia, onde ficou também por cinco anos.
Na mesma época, o músico passou a dirigir o Workshop Anual de Choro da Fundação Centrum em Port Townsend, em Washington, no qual atua desde 2011. Ele também esteve em Savona, na Itália, para ensinar na Carlo Accademia Internazionale di Mandolino Italiano de Aonzo. Assim, mesmo depois de encerrar seu trabalho no simpósio musical da Califórnia, o artista continua sendo destaque internacional, viajando constantemente para a Europa e para a América do Norte a fim de se apresentar e de difundir seu método de ensino e o choro brasileiro.
Em 2011, Dudu fundou o Trio Brasileiro, juntamente com os irmãos Alexandre Lora, na percussão, e Douglas Lora, no violão. No ano seguinte, o grupo lançou seu primeiro disco, o “Simples Assim”, e de forma atrelada ao lançamento do CD realizou uma turnê nos Estados Unidos, passando pela Costa Oeste, nas cidades de Port Towsend, Seattle e Portland, e pela Costa Leste, nas cidades de Nova Iorque, Boston e Chicago. No mesmo ano, gravou seu segundo trabalho, o “Rosa dos Ventos”. Dudu Maia foi indicado pela Recording Academy para o sexagésimo Grammy Awards. A indicação ocorreu em razão do sucesso do álbum “Rosa dos Ventos”, que Dudu fez junto com Douglas Lora (violão), Alexandre Lora (percursão) e Anat Cohen (clarinete).
Dudu Maia nasceu na capital da República em 27 de janeiro de 1977. Apesar da extensa agenda internacional ele mantém Brasília como sua residência principal. Nas horas vagas, ele frequenta o projeto Vila do Choro, no restaurante Vila Madá, no Deck Norte. “Vou lá e sempre há músicos de altíssimo nível. O pessoal chega e pode dar uma ‘canja’ também. Tem gente de várias gerações, desde a molecada mais nova quanto o pessoal da velha guarda”, diz. A roda ocorre todos os sábados, das treze às dezesseis horas.
Quando está em Brasília, onde mora na 215 Norte, Dudu grava e produz diversos artistas, além de criar trilhas sonoras para filmes, em seu estúdio chamado Casa do Som, que fica anexo à sua residência. Realiza, ainda, a apresentação de um programa de TV, o “Programa Casa do Som” , que traz sessões de gravação e entrevistas com vários músicos de destaque do Brasil e do exterior. Além da música, Dudu tem como paixão a natureza, passando muitos fins de semana no Lago Paranoá. “Gosto de andar de caiaque, passear pelo lago, ir remando até a UnB e ver os pássaros e as borboletas”, afirma.