Essa história é da lavra da minha amiga Luiza Damé, gaúcha de Encruzilhada do Sul, torcedora fanática do Internacional, mas residindo em Brasília há muitos anos:
Nos primeiros anos de Brasília, a Construtora Graça Couto, numa estratégia de marketing, batizou a SQS 113 de Superquadra Rio de Janeiro. Os prédios ganharam nomes de bairros do Rio: Glória, Catete, Flamengo, Botafogo, Leme, Copacabana, Ipanema, Leblon, Gávea, Tijuca e Laranjeiras. Leblon e Ipanema foram rebatizados como Marquês de Tamandaré e Barão do Amazonas, nomes mantidos até hoje. O bloco C também mantém o nome original: Edifício Leme.
Obs: Lamentavelmente, Luiza, no bloco “C”, foi onde assassinaram com requintes de crueldade o advogado e ex-ministro do TSE, José Guilherme Vilela e sua esposa, além da empregada da família
Perguntei ao meu primeiro amigo de Brasília, o advogado Angelo Tabet – hoje aposentado – se tinha conhecimento dessas homenagens ao Rio de Janeiro. Nascido em Valença (RJ), morou depois em Juiz de Fora e, finalmente, em 9 de janeiro de 1970 chegou a Brasília com a família. Reside até hoje em uma das melhores quadras da capital federal, a 115 Sul:
“Não sabia mesmo. Mas sabia que o Barão do Amazonas e o Marquês de Tamandaré receberam na 113 sul os nomes por serem blocos de apartamentos funcionais da Marinha. Um amigo, já falecido, morou anos no Marquês pois o pai era almirante. E um outro morou no Gávea. E achei a ideia ótima”.