Meu amigo desde 1973, José Roberto Lopes Padilha, o Zé Roberto, camisa 11 da “Máquina” do Fluminense, teve atuação destacada ainda no Flamengo, Santa Cruz de Recife e, após sofrer grave lesão no joelho, em clubes de menor expressão.
No Fluminense, onde é oriundo das divisões de base, jogou profissionalmente do dia 1 de maio de 1971 até 7 de dezembro de 1975. Neste ano, mesmo não concordando, foi trocado por Doval, do Flamengo no famoso “troca-troca” inventada pelo então presidente do clube das Laranjeiras, o juiz de Direito aposentado Francisco Horta.
Nas Laranjeiras, disputou 17 campeonatos e atuou em 91 jogos, marcando quatro gols. Foi campeão carioca de 1971 e de 1975; do Torneio de Verão Rio 1973 e da Taça Guanabara de 1971. Atuou ao lado de grandes craques do futebol brasileiro: Rivelino, Gerson, Carlos Alberto Pintinho, Carlos Alberto Torres e Zico etc … Nunca foi expulso de campo em toda a carreira mas mesmo assim nunca recebeu o troféu Belford Duarte por parte da CBF.
Zé Roberto tem muitas histórias na carreira. Perguntei se ele tinha jogado em todos os principais estádios do pais. Ele respondeu: “Sim, inaugurei dois: José Fragelli, Mato Grosso, com a presença do Geisel, Flamengo x Seleção do Mato Grosso, e no Serra Dourada Fluminense x Goiás. Este último o nosso ponta-direita Gil bateu um córner , eu ficava no primeiro pau para desviar, mas quem desviou foi a zaga deles. Rivelino, que ficava mais atrás aguardando o rebote, pegou de primeira e um míssil passou a 2 cm da minha cabeça. Explodiu na trave e voltou quase na intermediária. Sem ação, assustado, minhas pernas não mexiam, só ouvia Zé Mário gritando: volta Zé!!! Estou vivo por 2 cm/s
O ponta-esquerda da “Máquina” cursou inicialmente Direito na Universidade Gama Filho mas acabou optando pelo jornalismo. Reside em Três Rios, no interior do estado do Rio de Janeiro, onde nasceu e em 2022 sairá candidato a deputado estadual.