Desde criança que acompanho o Garrincha. Um gênio com a bola nos pés. Mas essa história abaixo admito que não tinha conhecimento:
O jornalista Mário Lima lançou tempos atrás o livro “Garrincha, a Flecha fulniô das Alagoas – Mestiçagem, Futebol-Arte e Crônicas pioneiras”. Segundo ele, trata-se de “um tributo ao anjo das pernas tortas”, que ele diz ser o “grande ídolo” da vida dele.
“O livro versa, principalmente, sobre a origem de Garrincha. O grande ídolo do Botafogo nasceu em Pau Grande, no Rio de Janeiro, mas é filho de pai alagoano. Seu Amaro dos Santos é natural de Quebrangulo, interior do Estado, e foi criado na aldeia dos fulniôs, índios de origem pernambucana, mas que, por conta de perseguições, vieram para Alagoas em 1860. Somente aos 26 anos, em 1914, Amaro e esposa, foram ao Rio de Janeiro, terra onde o ‘Mané’ veio ao mundo, 19 anos depois”.
Torcedor do Botafogo, Mário Lima diz que livro, publicado pela editora oficial Graciliano Ramos, com patrocínio do Ministério do Esporte e do governo de Alagoas, “é fruto de uma extensa pesquisa de campo”, realizada para o trabalho de conclusão de curso de pós-graduação e que contou com a colaboração de “alagoanos notáveis”, como os jornalistas Márcio Canuto e Lauthenay Perdigão.
“Esse livro é uma espécie de tributo a um sujeito que me fez admirar ainda mais o futebol. Contar essa história não foi fácil. Eu visitei a aldeia dos fulniôs em Pernambuco, conheci os caciques que conheciam a história de raiz dele. Poderia ter ido além, mas a obra, que ainda teve contribuições importantes de grandes figuras alagoanas, traz grandes relatos que contam bem essa história fantástica do Mané”.