A história abaixo é verdadeira e pouca gente sabe. Descobri por acaso conversando hoje com o meu velho amigo, ex-repórter da rádio Nacional do Rio de Janeiro e hoje nas rádios Itatiaia e Super Rádio Tupi, o mineiro de Formiga, cidade distante cerca de 200 kms de Belo Horizonte e 40 kms da nascente do rio São Francisco, mas radicado há muitos anos no Rio de Janeiro, Wellington Campos:
” Tamanini, foi o seguinte: em 1993 eu era repórter da rádio Nacional do Rio e correspondente das rádios Itatiaia, de Belo Horizonte e Jornal do Commercio, de Recife. Como de costume, chegava muito cedo no edifício-sede da CBF na rua da Alfândega (centro do Rio). O comitê de imprensa funcionava no 7 andar. O técnico Antoninho era o olheiro da Seleção Brasileira. Antonio tinha sugerido o nome do desconhecido Ronaldo em uma convocação da Seleção Brasileira naquele ano. Verificando a lista dos jogadores para Minas Gerais e para o Rio, notei que havia um jogador do São Cristóvao chamado Ronaldo Nazário. Nesta hora, Antoninho tinha ido ao banheiro e assim que ele retornou fui logo perguntando: Antoninho, que negócio é esse? Jogador do São Cristóvao convocado para a Seleção. Antoninho respondeu de bate-pronto: joga muito esse menino Ronaldo. Está precisando de um time grande para deslanchar. Voltei a perguntar: para você, Cruzeiro é time grande? Ele respondeu: lógico que é. Naquela época que levava jogadores para o Cruzeiro era o Leo Rabelo. O presidente do clube era o Cesar Masci, irmão do Benito Masci. Imediatamente, liguei para o escritório do Leo Rabelo, a secretária passou a ligação , expliquei a situação. Ele gostou da conversa, ligou em seguida para o Antoninho e no dia seguinte o jovem Ronaldo foi levado do Rio para Belo Horizonte. Daí para frente todo mundo sabe o que aconteceu com a carreira do atacante cruzeirense. Eu só contei isso para o Ronaldo depois que ele parou de jogar futebol e virou comentarista da Tv Globo. Nunca contei essa história porque muita gente ia pensar que eu estava tentando tirar vantagem da situação”.