Quando era presidente da OAB do Rio de Janeiro – foi eleito duas vezes pelo voto direto do advogado – Wadih Damous ia a Brasília para as reuniões mensais do Conselho Federal da entidade dos advogados. Ia de manhã cedo e retornava no vôo das 19 horas. Sempre mantive uma ótima relação de amizade com Wadih, apesar dele ser vascaíno e eu tricolor das Laranjeiras (rsrsrs). Ele sempre passava na minha sala no 8 andar do Conselho e pedia que eu fizesse o check in de volta. Wadih não morre de amores por aviões mas usa quando é estritamente necessário. Pedia que ele me desse os dados pessoais para preencher no site da companhia aérea. No final, eu dizia para ele: preciso indicar o nome da pessoa que a companhia aérea irá ligar caso o avião caia. Wadih ficava nervoso e dizia: não vou mais viajar nesse vôo. Vou pedir a Cláudia Barcellos – sua secretária no Rio – para arrumar outro vôo. Esse eu não vou de jeito. Eu caia na gargalhada.
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