No dia de hoje, há trinta anos, o eleitor brasileiro ia às urnas para escolher livremente o nome do Presidente da República. Foram 25 anos sem ter o direito de escolher o seu candidato. Sob a presidência do mineiro de Cristina, Francisco Rezek, o Tribunal Superior Eleitoral preparou durante todo o ano de 1989 o pleito eleitoral. A eleição do primeiro turno foi um sucesso. Foram escolhidos pelo voto direto os candidatos Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva.
Foi a minha primeira experiência como assessor de imprensa. Cheguei em julho de 89 ao TSE convidado por Rezek, que também era ministro do Supremo Tribunal Federal. Até aí, era repórter setorizado no Palácio do Planalto. Ser repórter sempre foi meu sonho desde criança. Admito que levei alguns dias para decidir se trocava a vida de repórter pela de assessor.
Aceito o convite, tinha que montar a estrutura da assessoria de imprensa do TSE. Não havia nada. Partir do zero. Descobri que tinha um funcionário na diretoria-geral que era estudante de jornalismo. Pedi ao saudoso Sebastião Duarte Xavier, então diretor-geral , que liberasse o Fábio Oliveira para trabalhar comigo. Precisava de uma secretária. Descobri a Marinalva também no próprio tribunal. Essa foi a dupla que me ajudou – e como me ajudou – na primeira assessoria de imprensa do TSE.
Também precisava de um espaço para montar a assessoria . O prédio antigo do TSE era bem reduzido. Disse ao ministro Rezek que a sala precisava ficar o mais perto possível do seu gabinete. A solução encontrada pelo ministro foi ceder uma parte do espaço onde funcionava a biblioteca. Contei com a ajuda da Ines, que coordenava a biblioteca.
A partir daí, era trabalhar de manhã à noite, de domingo a domingo. E isso foi feito. A eleição foi um sucesso. Tudo era notícia. Não segurava nada. A ordem do ministro Rezek era dar total transparência às atividades do tribunal.
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