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Distribuição de relógios

A história é a seguinte. Conta Emerson Souza: O presidente João Figueiredo foi a Minas Gerais visitar a fábrica da Horasa, equipamentos. Durante a visita se fez uma homenagem e ele recebeu de presente um grande relógio de parede em forma de âncora. Após a visita, já na kombi da imprensa, Orlando Brito vira para mim, mostra o relógio de braço dele e diz: “Dos que estava lá, esse foi o que mais gostei”.
Sacando a jogada e vendo os demais colegas atentos na nossa conversa, sapequei mostrando o meu relógio: “Eu preferi esse por causa da correia metálica”. Logo atrás de mim, não sei se o Artur Cabeça ou Augusto, também mostrou o relógio e justificou a escolha. Foi aí que o repórter do Jornal do Brasil vindo do Rio para a cobertura pirou ao saber que tinham sido distribuídos relógios de brinde também para a imprensa. Queria até voltar na fábrica para pegar o dele.
Convencido de que o pessoal da fábrica tinha dado vários relógios para o porta-voz do Planalto, Marco Antonio Kraemer, distribuir, em Brasília, aos jornalistas que haviam feito a cobertura na Horasa, ficou quieto. Já em Brasília, no dia seguinte, a turma do Comitê de Imprensa lembrou a ele que fosse atrás do Kraemer para pegar o relógio dele.
Antes, dois participantes da sacanagem mostraram seus relógios dizendo que acabavam de vir da sala do Kraemer. E aconselhavam o repórter do Jornal do Brasil a ir até a sala do Kaemer e com firmeza cobrar o brinde, pois ele era repórter do Rio de Janeiro e não de Brasília, e por isso poderia ser prejudicado.
Também se dizia que Kraemer ia dar os relógios para quem era de sua simpatia. Francisca, secretária do Kraemer levou um susto com ímpeto que o “Estúpido Comprido” (apelido que deram a ele) entrou na sala do porta voz e metendo a mão na maçaneta da sala falou firme:”Kraemer, vim pegar o meu relógio”.
Sem entender porra nenhuma, Kraemer reagiu com espanto enquanto o repórter disparava que sabia que a fábrica tinha mandado por ele vários relógios e ele queria de qualquer jeito o dele. Do lado de fora a gozação era geral. Por fim, se convenceu Kraemer a dizer que os relógios estavam com Otávio Bonfim, um assessor de Kraemer cuja sala ficava no Anexo do Palácio. O grandão rumou para lá para cobrar o relógio e a turba toda atrás pelos corredores palacianos insuflando que esse jogo de empurra era para ficarem com o relógio dele. Como Bonfim não sabia de nada e sequer estivera na viagem, a merda foi geral com um bate-boca de ladrão de relógio de um lado e um maluco da imprensa sendo chamado do outro.

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