O vinho e o presidente

Irineu Tamanini

Logo após a sua posse no cargo de presidente do Superior Tribunal de Justiça, levei o ministro Paulo Costa Leite para um jantar de trabalho com o brilhante repórter da Veja, André Petry. Gaúcho de Porto Alegre, apreciador de um bom vinho, Costa Leite gostava( e muito) de tomar , diariamente,  à noite, em casa, com a mulher Mônica, uma taça.

No caminho para o restaurante,  recomendei ao ministro tomar água ou refrigerante durante a conversa. Nada de vinho ou qualquer outra bebida destilada, repeti na entrada do restaurante.

Ao final do jantar, Petry, que havia gostado muito da conversa, disse: ministro, não podemos ir embora sem tomar um bom vinho. Posso pedir? Costa Leite, parou, pensou no que eu havia orientado e respondeu: obrigado mas não costumo beber vinho no jantar.