Dia 13 de setembro é comemorado o Dia Nacional da Cachaça, data em que a bebida foi liberada pela Coroa Portuguesa para venda e fabricação no Brasil, no ano de 1661. Em 1994, a cachaça foi definida como produto cultural do país. Com os anos, a cachaça ganhou grandes amigas, como as músicas sertanejas, que sempre falam dela.
Hoje, conversando via Whattsapp com a repórter Martha Correia – ela em Brasília e eu no Rio – tricolor como eu, disse a ela que nunca bebi na minha vida. Ela ficou perplexa e disse: “você é caso raro no jornalista brasileiro”. Concordei e disse que a minha preocupação sempre foi ir à praia no Leblon e jogar futebol. Bar nunca foi do meu gosto. Até hoje é assim.
Martha relembrou uma história do binômio jornalismo/bebida:
“Quando trabalhei no turno da noite, na TV Globo do Rio de Janeiro, costumava sair com a equipe do Jornal da Globo para relaxar no Chico’s Bar. Era anexo ao Castelo da Lagoa, ambos do Chico Recarey, o rei da noite no Rio de Janeiro na década de 1980. Assisti a muitas canjas de cantores que frequentavam Chico’s Bar e após boa doses de uísque, pegavam o microfone aproveitando o conjunto que era fixo e tocava jazz, MPB. Lenny Andrade era cantora contratada. Que voz! Grande intérprete. Há bares e restaurantes, no Rio de Janeiro e em São Paulo, que eram redutos tradicionais da imprensa.
No Rio, recordo-me do Amarelinho, na Cinelândia; o Lamas, no Flamengo; La Fiorentina, no Leme. Para citar uma poucos. O jornalismo brasileiro esteve associado à boemia porque os primeiros profissionais da imprensa foram os poetas. Pessoas que traziam o sofrimento como instrumento de trabalho. Além disso, creio eu, o fato de os jornais fecharem tarde, os repórter, redatores, fotógrafos e todos os profissionais envolvidos em uma edição de jornal, saiam tarde da redação e iam confraternizar nos bares.
Em Brasília, disse a Martha, tivemos um grande repórter da sucursal do Estadão conhecido pelo nome e apelido: Augusto Cachaça.
Bons tempos!!!
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