Nos últimos tempos, curtindo a aposentadoria após 40 anos atuando como repórter, descobri um meio fantástico de viajar: navio. Passei a vida usando avião. Rodei o mundo como jornalista. Agora, estou atravessando o Oceano Atlântico de Barcelona para o Rio de Janeiro no navio da MSC.
Um dos pontos de atracamento do navio foi o Arrecife de Lanzarote, uma das ilhas do arquipélago das Ilhas Canárias, próxima da costa da África Ocidental e administrada pela Espanha, conhecida pelo clima quente durante o ano todo, pelas praias e pela paisagem vulcânica.
Quem morreu em Lanzarote foi o escritor português José de Sousa Saramago. Galardoado com o Nobel de Literatura de 1998, também ganhou, em 1995, o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Saramago foi considerado o responsável pelo efetivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa.
Roberto Busato, ex-presidente da OAB Nacional e com fortes ligações com a Ordem dos Advogados de Portugal (OAP), teve a oportunidade de conhecer e conversar longamente com Saramago. O encontro, na verdade um jantar para meia dúzia de pessoas, foi na residência do embaixador brasileiro em Dublin.
Durante o jantar, segundo Busato, que mais falou à noite inteira foi Pilar, a mulher de Saramago.
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