Depois de quase 36 horas de viagem, eu e o Emerson Sousa chegamos finalmente a Pequim, procedente do Rio de Janeiro, para a cobertura da visita oficial à China do presidente José Sarney. Era um final de tarde. Fomos para o hotel, colocamos as malas no quarto e saímos à procura de um restaurante para comer alguma coisa que não lembrasse a comida do avião da Varig. Entramos em um restaurante localizado nas proximidades do hotel. O cardápio era todo em chinês. Nenhuma palavra em inglês, muito menos de espanhol. Olhamos os nomes dos pratos mas não da para entender nada. A solução encontrada foi apontar para um dos nomes escritos no cardápio e mostrar ao garçom, que também só falava chinês. Minutos depois, para a nossa alegria, chegaram os pratos. Na verdade, duas caixinhas. Dentro, uma água quente, saindo fumaça, uma comida mole que até hoje não sei o que era. Não tivemos coragem de comer. Pedimos a conta – pagamos mais de cem dólares – e voltamos para o hotel.
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