Não posso deixar de registrar outra história maravilhosa da época em que estudei no Colégio Acadêmico, no bairro do Humaitá, no Rio de Janeiro. Tínha um colega (não recordo o nome) que sentava sempre no fundo da sala. Ele era louro e tinha cabelos lisos e bem longos. Sempre que começava uma aula, apoiava uma das mãos na altura da orelha mas sempre embaixo dos cabelos. Às vezes, na orelha direita. Às vezes, na orelha esquerda. Certo dia, um professor, intrigado com a mania do colega, parou a aula e pediu que ele tirasse a mão da orelha. Lentamente, ele atendeu ao pedido do professor. Aí veio a grande surpresa, inclusive para os demais alunos: ele tinha um radinho de pilha bem pequeno e ficava ouvindo música na rádio Mundial (naquela época era a rádio preferida da juventude).
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