Uma das histórias mais bonitas do esporte no Distrito Federal pertence ao saudoso advogado Jorge Manoel Martins Ferreira, o Jorge Martins, nascido em Vila Isabel e morador do bairro do Flamengo antes de se mudar de mala e cuia para Brasília. Jorge sempre teve uma ligação muito estreita com o município de Vassouras – o mesmo onde nasceu o ministro Luis Roberto Barroso, do STF. Seu pai, Manoel Martins Ferreira, foi Juiz de Menores em Vassouras e hoje é homenageado com nome de rua na cidade fluminense.
Jorge Martins era carioca, botafoguense roxo, pioneiro de Brasília e presidente da Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos-ABCD, além de ser fundador, ao lado do saudoso jornalista Nilson Nelson, da Associação Brasileira de Cronistas Esportivos – ABRACE. Trabalhou muitos anos na assessoria de imprensa do extinto Tribunal Federal de Recursos (TRF), hoje Superior Tribunal de Justiça (STJ). Jorge faleceu no Hospital Brasilia no dia 29 de maio de 2012, vítima de pneumonia.
Durante a carreira de jornalista, Jorge Martins trabalhou em diversos jornais: Diário Carioca, Diário de Notícias, Jornal de Brasília e editor de esportes do Diário de Brasília, Última Hora/DF, Correio do Brasil, Correio Braziliense, Revista Gol e repórter da Revista Placar e Jornal dos Sports, além de ter apresentado nas TVs do Distrito Federal programas esportivos na TV Capital (Câmera 8) por 9 anos e, ainda, no “Brasília Urgente” (2 anos). Nos jornais Diário de Brasília e Correio do Brasil, também foi editor-geral. Foi quem sugeriu ao então Governador do Distrito Federal, Elmo Serejo Farias, o nome do maior ponta-direita que o mundo conheceu para o maior estádio da capital federal, o Mané Garrincha.
Bacharel em Direito pela Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas do Rio de Janeiro, foi ainda jogador do infanto-juvenil do Botafogo e, em 1964, com colegas do extinto Tribunal Federal de Recursos – TFR, fundou o Esporte Clube Carioca, filiado à Federação Desportiva de Brasília e no qual também jogou por três anos. Chegou a assumir a Presidência da Federação Metropolitana de Futebol em 1990, quando seu titular, Wagner Marques, estava licenciado.