O capixaba Pedro Celso Campos foi um dos mais brilhantes jornalistas com quem tive o prazer de trabalhar nesta minha carreira que começou em 11 de maio de 1976 no Correio Braziliense. Pedro Campos trabalhava na Tv Globo e na extinta EBN. Após longos anos vivendo na capital da República, ele foi morar em Penápolis, no interior de São Paulo, por razões familiares. Lá, fundou o jornal O Interior.
No dia 25 de abril de 1984, dia da votação da emenda Dante de Oliveira das diretas-já, Pedro Campos sabendo que eu iria acompanhar o processo no Plenário da Câmara pediu que ligasse para ele assim que saísse o resultado. Naquela época, não tinha internet, celular et… Pedro Campos dormiu na redação do jornal. A votação terminou na madrugada do dia 26 de abril. Conforme prometido, corri para um telefone público instalado dentro do Congresso e passei todos os detalhes da votação.
Pedro Campos estampou na manchete do Interior do dia 26 o resultado da votação das diretas-já. No dia seguinte, dia 27, Pedro Campos deu outra manchete no seu jornal sob o título “O dia em que o Interior furou o Estadão”. Explico: como a votação terminou de madrugada o tradicional jornal O Estado de S.Paulo fechou a edição sem dar o resultado final da emenda Dante de Oliveira, ao contrário do jornal de Penápolis.
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