Hoje, dia 18 de janeiro, é aniversário do ministro aposentado do STF, ex-presidente do TSE e ex-integrante da Corte Internacional da Haia, Francisco Rezek. Aproveito para contar uma história ocorrida logo que cheguei para trabalhar com ele no TSE.
A minha atuação jornalística no Poder Judiciário começou em abril de 1989 quando, indicado pelo jornalista Carlos Zarur, fui convidado pelo então presidente do TSE para atuar como assessor de imprensa da primeira eleição direta para Presidente da República após décadas de regime militar.
Na época, era repórter setorizado da Rádio Nacional, da Radiobras, no Palácio do Planalto e acompanhava o Presidente da República em quase todos os eventos, em Brasília, no restante do país ou no exterior. Por inúmeras vezes, nas viagens nacionais, dividia o quarto com o presidente da Radiobras, o saudoso jornalista Antonio Martins. Em São Paulo, por exemplo, ficávamos hospedados do Hotel Tivoli, tão barato que a diária paga pela Radiobras sobrava e dava para ajudar na feira da semana em casa. O Hotel ficava localizado no centro da capital paulista, ao lado do antigo prédio do Diário da Noite, e não tinha, como o famoso Tivoli de Lisboa, cinco estrelas. Na verdade, eram cinco cruzes.
Logo que assumi o cargo de assessor do TSE o ministro Rezek fez uma viagem oficial para São Paulo. Fui com ele para a capital paulista e, se não me engano, Rezek ficou hospedado no Hotel Moufarrej. Um hotel de primeira linha.
Ao ser informado que iria para São Paulo com o ministro, Martins , sempre muito espirituoso, ligou para fazer um pedido: Tamana – era assim que ele me chamava – não deixe de levar o ministro para o Tivoli !
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