A história abaixo é contada pelo meu amigo Paulo Roberto Xavier, irmão do saudoso ponta-direita do Fluminense na década de 70, Wilton Cesar Xavier. O pai de Paulo e do Wilton, Eurydice Xavier, foi centro-avante do Atlético Mineiro na época do ídolo e goleiro Cafunga. Xavier, como era conhecido no meio esportivo na época, foi bicampeão pelo “Galo” e marcou muitos gols com a camisa do clube mineiro. Paulo Xavier, nasceu em Volta Redonda (RJ), atuou vários anos no futebol dos Estados Unidos como goleiro e hoje treina jovens quem sonham ser da sua posição, em Garopaba, em Santa Catarina:
“No dia de hoje (23.05.2022) o futebol brasileiro perdeu um dos seus maiores goleiros. Wendel jogou na Seleção Brasileira, no Botafogo e no Fluminense. Lembro de uma partida entre Volta Redonda e Fluminense pelo Campeonato Carioca de 1979 ou 1980. Duas situações marcaram esse jogo. Caia um temporal danado no gramado do estádio Raulino de Oliveira. Era uma noite de quinta-feira e o jogo só começou depois das 22 horas porque o gramado estava impraticável para a prática do futebol . Jorge Cury era o narrador da Rádio Nacional. Quando o jogo já estava na metade da etapa final ele falou no ar que aquela situação era inusitada, pois varou à noite de quinta-feira para sexta-feira narrando a partida. A outra situação foi do goleiro Wendell. Ele sequer sujou o meião do calcanhar para cima apesar da situação precária do gramado em virtude da chuva. O goleiro do Fluminense se posicionava muito bem debaixo dos três paus. É uma das minhas referências como goleiro. Descanse em paz.”