Sou amigo há muitos anos da carioca, torcedora apaixonada pelo Fluminense e jornalista como eu, Martha Corrêa.. Meu saudoso pai, Waldemar Henrique Tamanini, e seu pai, o saudoso Tenente Brigadeiro do Ar, Ulysses Pinto Corrêa Netto, não se conheceram, apesar de terem seguido a carreira militar, meu pai no Exército e o pai dela, na Aeronáutica. Mas eram apaixonados pelo Fluminense. Seu último cargo na carreira que abraçou foi chefe do Estado Maior da Aeronáutica.
A linda história é contada com muita emoção pelo filha do Brigadeiro Ulysses, um tricolor de coração, com ou sem farda:
“As bandas nas unidades em que meu pai foi comandante sempre tocavam o hino tricolor nas vitórias do Fluminense. O quartel inteiro sabia que ele era louco pelo Fluminense e os integrantes das bandas faziam essa homenagem a ele. Quando ele comandou a Escola de Especialistas da Aeronáutica, em Guaratinguetá, São Paulo, o Rubens Galaxe ( ex-jogador do Fluminense e casado com uma prima de Martha) levou o time tricolor para uma visita. Não lembro se jogaram com o time de oficiais da escola ou se foi apenas um almoço. Faz muitos anos…
O meu pai era tão fanático pelo Fluminense, que tinha uniformes para o dia de jogos os quais assistia pela televisão. No verão, bermuda branca com a camisa do Fluminense em mangas curtas. Em dias de frio, calça comprida branca com a camisa do clube em mangas compridas. Quase todas presenteadas por amigos e minhas amigas que conheciam a paixão dele pelo tricolor.
Ele morreu de pneumonia, consequência de uma leucemia. Eu senti que ele estava mal, quando, com dificuldades para respirar, não quis assistir a um jogo do Fluminense. Era um domingo à tarde. Nesse dia ele foi para a UTI e morreu 12 dias depois. Eu perdi o meu pai e o Fluminense um de seus mais fanáticos torcedores”.