Assim que o ministro Sepúlveda Pertence assumiu , em 1995, a presidência do STF, sugeri que ele criasse na Corte a figura do Ouvidor. Muitas pessoas escreviam – e ainda devem escrever – pedindo informações sobre processos etc.. Ele perguntou se tinha alguma sugestão de nome para ocupar o cargo se ele viesse a ser criado. A minha sugestão – disse – é que fique sob a coordenação do Roberto Batista, advogado e seu chefe de gabinete. Pertence, como sempre irônico, abriu um sorriso e respondeu: bom nome mas se fizer isso vamos ter pela primeira vez no mundo um Ouvidor surdo. Eu não sabia. O Roberto Batista tinha deficiência auditiva em um dos ouvidos.
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