Em outro post aqui no blog contei que, se fosse vivo, Geraldo Cleofas Dias Alves, mais conhecido como Geraldo Assobiador, completaria no dia 16 de abril de 2021, 67 anos. Geraldo, nascido em Barão de Cocais, Minas Gerais, faleceu aos 22 anos em 26 de agosto de 1976 durante uma operação da retirada de amígdalas em um hospital na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Uma das maiores revelações do futebol brasileiro nos anos 70, vestia a camisa 8 do Clube de Regatas do Flamengo e jogava ao lado de grandes craques como Zico, Junior, Andrade, Adilio etc…
Ao ler a história no blogdotamanini.com.br o ex-presidente por três vezes – todas pelo voto direto do advogado – da OAB de Sergipe enviou um relato emocionante sobre a morte do jogador Geraldo do Flamengo. Vale a pena ler:
“Essa morte representou um grande trauma da minha infância, que repercutiu até a minha fase adulta. Quando Geraldo Assobiador morreu, eu tinha 7 anos de idade. Sua morte foi muito traumática para mim, não só porque já era um ardoroso torcedor do Flamengo e admirava o seu futebol; mas especialmente porque eu sofria constantemente de amidalite e tinha recomendação médica de fazer a cirurgia para retirar as amídalas. Traumatizado com esse evento, adiei a minha cirurgia até os meus 23 anos de idade. Por corolário, passei todo esse tempo com frequentes crises inflamatórias. Tive uma juventude restrita. Era proibido de tomar sorvete, tomar banho de piscina, tomar banho de chuva… e mesmo com essas privações ainda era acometido reiteradamente com febre alta. Aos 13 anos, sofri uma amidalite aguda e passei 30 dias com febre. Perdi 12 kg, e quase morri. Mas mesmo assim resistia ao procedimento cirúrgico. Meus pais, com receio de que algo viesse a acontecer na mesa cirúrgica, preferiram atender a minha vontade. Até aos meus 23 anos de idade, eu era um jovem com saúde frágil. Eu comemorava o mês que não tinha febre. Quando finalmente resolvi me submeter à providencial cirurgia, tive que adiar três vezes, porque na véspera sofria crise inflamatória na garganta. Não era coincidência, era a mente que boicotava. Passei três meses para conseguir fazer a cirurgia. Na época já namorava com Rosa. Minha sogra e minha mãe chegaram a rezar para eu conseguir fazer a cirurgia. Os meus cunhados, dentre eles Cezar Britto (ex-presidente nacional da OAB), diziam, em piléria, ter pena da irmã pois ia ser viúva muito cedo. Hahahaha. Lembro-me que entrei no hospital literalmente tremendo de medo e com Geraldo Assobiador em minha memória. Foi uma novela!”