No início do ano de 1975 a vida dos meus pais – os saudosos Waldemar Henrique Tamanini e Cely Passos Tamanini – e a minha – mudou radicalmente.
Morávamos no Leblon, no Rio de Janeiro. Meu pai, militar do Exército e cirurgião dentista, servia na Policlínica de Saude, na rua Moncorvo Filho 34, ao lado do Campo de Santana, no centro do Rio. Simultaneamente, dava aula na Escola de Saude, que ficava no prédio ao lado e tinha consultório dentário particular na rua Miguel Lemos, esquina com Nossa Senhora de Copacabana). Eu estudava Comunicação na Faculdade Estácio de Sá, no Rio Comprido.
Meu pai, paraquedista do Exército (matrícula 333), desde que entrou nas Forças Armadas sempre serviu em unidades militares no Rio. De repente, surge uma ordem de um general linha dura (Rodrigo Otávio) com a seguinte ordem: quem nunca serviu fora do Rio, vai ser transferido para outro estado. Meu pai, por exemplo, recebeu o comunicado de que teria que se mudar imediatamente para Cruzeiro do Sul, conhecida como a capital do Juruá, no Acre. Minha mãe entrou em desespero. Seria uma mudança radical. Eu só ficava pensando: vou deixar o Leblon, meus amigos, minha praia, o Maracanã com os jogos do meu Fluminense.
Meu pai conversou com um de seus clientes e amigo particular da nossa família, o saudoso General Adalberto Pereira dos Santos, na época vice-presidente da República. Explicou a situação e ele conseguiu que meu pai fosse transferido para Brasília. Eles foram morar na SQS 109 bloco “C”apt. 513.
Meu pai então passou a servir no Hospital das Forças Armadas (HFA). Alugou um consultório no SCS e começou uma nova vida. Muitos dos seus clientes na Policlínica e no consultório particular, inclusive o general Adalberto, já estavam morando na capital federal. Isso ajudou muito a adaptação na nova cidade.
Eu fiquei morando com a minha avó no seu pequeno apartamento na avenida Princesa Isabel, no Leme/Copacabana. Em junho de 75, terminada as aulas na faculdade, fui transferido para a Universidade de Brasília (UnB).
E a vida mudou – para muito melhor – para meu pai, minha mãe e eu.
Contarei a história da família Tamanini em Brasília em outro post no meu blog.
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