Dados históricos: no dia 27 de agosto de 1980 um fato marcou a vida do país. Neste dia, explodia uma bomba na sede do Conselho Federal da OAB (a sede ainda era no Rio de Janeiro) vitimando a secretária do presidente da entidade na época, Eduardo Seabra Fagundes (falecido em novembro de 2019). O seu vice-presidente era o advogado Sepúlveda Pertence, futuramente Procurador-Geral da República, presidente do STF e do TSE.
O detalhe é que a bomba, enviada em uma carta, tinha endereço bem definido: o presidente Seabra Fagundes. Neste dia e horário o presidente da OAB estava viajando e quem estava na interinidade da presidência era o seu vice.
Pertence havia saído para almoçar com amigos no centro da cidade no Rio de Janeiro e demorou para retornar ao gabinete. Dona Lyda Monteiro, que tinha mesa na entrada do gabinete da presidência, para adiantar o serviço, abriu as correspondências. Em uma delas havia a bomba que explodiu nas suas mãos.
Se tivesse voltado um pouco mais cedo do almoço e se dona Lyda tivesse repassado a carta sem abrir, Sepúlveda Pertence teria sido a vítima fatal da bomba da OAB.
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