O saudoso jornalista Augusto Freitas, potiguar que também respondia pela alcunha de Augusto Animal ou Augusto Cachaça, era repórter da Sucursal de Brasília do jornal O Estado de S. Paulo. Em meados dos anos 70, cobria a área econômica quando foi convidado pelo então ministro do Planejamento, João Paulo dos Reis Velloso, a integrar uma comitiva oficial das finanças brasileiras em visita ao Japão.
Autorizado pelo jornal, lá se foi Augusto. Chegou ao fim da tarde em Tóquio, a tempo de pegar os botecos ainda sem superlotação. Logo que encostou ao balcão, pensando na pauta que lhe confiara o chefe da Sucursal, Fernando Cesar, Augusto teve antes vontade de ligar para a mãe, e contar a boa nova da viagem internacional a trabalho. Não era a sua primeira, pois já havia viajado ao exterior como repórter. Mas não telefonara para a mãe nessas ocasiões, e nem ela tomara conhecimento pois o filho raramente aparecia em casa.
Em Natal (RN), na casa da mãe de Augusto, 5h30 da manhã, soa o telefone, ela atende:
– Mamãe. bom dia. Mamãe, estou em Tóquio!
A mãe, mal levantada do sono do calor potiguar, não contém um grito de lamentação antes de cair em prantos:
– Augusto, meu filho! Eu já lhe pedi para parar de beber…!!!!
PS – O próprio Augusto, às vezes com colaboração do Joca, contava essa história. Em seguida, caia em risos.
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