Os presidentes Collor e Menen, da Argentina, tinham reunião agendada na Serra dos Carajás. Fui no escalão precursor juntamente com alguns assessores da secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto. Um dessas assessoras era a Albaniza Cristaldo que levei da Radiobras para trabalhar comigo. O Boeing presidencial era pilotado pelo Comandante Bueno, então suchefe da Aeronáutica do Gabinete Militar. Combinei com ele ainda na Base Aérea que durante o vôo ele me chamaria para visitar a cabine e “pilotar”o Boeing. Albaniza não gostava muito de viajar de avião.
Dito e feito: antes de pousar na Serra dos Carajás, Bueno pede a um militar a bordo para me chamar. Albaniza estava sentada atrás de mim no avião. Dr Tamanini, comandante Bueno está convidando o senhor para ir até à cabine. Obrigado, irei sim.
Em seguida, comentei em voz alta: vou pilotar esse Boeing! Albaniza ficou atônita. “Fique aí”, Tamanini disse ela. Respondi: não posso recusar o convite do meu amigo Bueno. E fui para a cabine onde me aguardava o comandante.
Por coincidência, logo que cheguei na cabine o avião enfrentou uma turbulência. Segundo relatos de outros assessores, Albaniza entrou em pânico: “tá vendo, é o Tamanini que está pilotando”.
Após conhecer a cabine e tomar um cafezinho com Bueno, voltei para o meu lugar no avião. Antes, ele perguntou: “e a Albaniza? Deve estar uma pilha de nervosa pensando que “pilotei” o avião, respondi dando a maior gargalhada.
Quando sentei novamente no meu assento, Albaniza falou: você é doido. Viu, foi “pilotar” e o avião não parou de balançar. Quase caiu”.
Comentário da Albaniza após ler a história acima:
Aja turbulência!! Fiz até meu testamento em pensamento!!!! Bons tempos!!