Em 1991, o presidente da República Fernando Fernando Collor concedeu, em cima da hora, a Grã Cruz da Ordem de Rio Branco ao cientista Albert Sabin, que visitava a cidade. Resolveu que a solenidade seria no Palácio da Alvorada e não no Planalto.
O assessor da Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto, Angelo Tabet, saiu correndo para o Alvorada a fim de organizar a presença da imprensa no evento, que aconteceria na biblioteca do Palácio. Ao terminar os preparativos, Angelo pegou o telefone que estava na mesa e ligou para o subsecretário de imprensa Irineu Tamanini que estava no Palácio do Planalto e informou que tudo estava pronto.
Ainda ao telefone, recebendo mais instruções, Angelo viu que entravam na biblioteca, em passo acelerado, o Presidente da República, o embaixador Omar Choffi, chefe do Cerimonial e o capitão Mafra, ajudante de ordens do dia. Deram de cara com ele ao telefone. A única reação que o incrédulo Mafra teve foi a de fazer um movimento com a cabeça, como se perguntasse o que ele fazia ali, na mesa do Presidente da República.
Com o susto, Angelo teve apenas a reação de desligar o telefone, cumprimentar o Presidente e saír de fininho, doido para dar uma risada com a reação do Mafra e do embaixador Choffi. Mais tarde, chegou na Secretaria de Imprensa uma parte do administrador do Alvorada, dizendo que o funcionário Ângelo Tabet havia invadido o gabinete presidencial, e que medidas eram necessárias para impedir repetições do ocorrido.
Chamado à presença do Secretário de Imprensa, Cláudio Humberto, ele apenas perguntou se a solenidade havia corrido sem problemas, atirando a parte do administrador no lixo de imediato. Por muito tempo o capitão Mafra gozava o Angelo sobre o ocorrido, tendo dito que Collor não se assustou mais por ter reconhecido Angelo como funcionário do Planalto.
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