A história abaixo é contada pelo brilhante jornalista José Augusto Gayoso, natural do Rio de Janeiro e que durante anos se destacou na cobertura política em Brasília. Gayoso, tricolor de coração, mesmo morando há muito tempo em Santa Catarina – hoje reside em Joinville – não deixa de acompanhar o Fluminense. Vamos lá. Conta Gayoso:
“Eu morava em Florianópolis quando o Fluminense ganhou a Copa do Brasil. Era secretário de Imprensa do governo do estado. Minha esposa Susana fazia faculdade de Turismo e naquela noite fria de julho a turma dela marcou churrasco. Como o jogo era contra o Figueira, time do meu chefe ( o governador), acompanhei ela. Eu fui, mas fiquei grudado numa tevê e vi quando o Roger fez o gol, bem no início. Voltamos para casa e passei a acompanhar todas as resenhas esportivas. Já passava da meia noite e notei uma aglomeração próxima ao meu prédio. Morava atrás do hotel Majestic, onde os times da série A se hospedavam. De repente, o som das sirenes indicavam que alguma coisa diferente estava acontecendo. Eram os carros da PM escoltando o ônibus do Fluminense. Juntou mais gente. Fui pra janela a tempo de ver o Renato Gaúcho descer com a taça. Na minha frente. Um maluco subiu na ” casinha” do gás do hotel e gritou:” e o que e que eu sou?” E a galera que já havia tomado a rua, respondeu: ” sou tricolor de coração…..” Eu chorei muito e acompanhei o coral vitorioso. Minhas filhas acordaram: ” pai, porque vc chora?” Fiquei na sacada por um bom tempo. Mais de meia hora depois, uma turma de rapazes com touca, casaco, etc ( estava muito frio) deixou o hotel e rumou para uma casa noturna das imediações. Comemoração merecida. Reconheci Tiago Silva, Carlos Alberto, Fernando Henrique. Ali começava uma das mais vitoriosas fases do nosso tricolor. E eu como testemunha”.