Não consigo guardar segredo. Admito que sou amigo do Angelo Tabet há mais de 50 anos. Tenho 65 anos em 2020. Não sei quantos anos tem o Angelo. Trabalhamos juntos na Presidência da República. Entramos e saímos juntos da Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto. Foram inúmeros eventos que participamos. O que não falta é história de bastidor. Angelo, conte uma historia envolvendo a figuraça da Albaniza Cristaldo.
“Em uma viagem do Presidente Collor a Corumbá, inesquecível por conta da linda navegação que fizemos pelo Pantanal rumo ao Forte Coimbra, tivemos uma chance de visitarmos a “belíssima” Puerto Quijarro, cidade boliviana na fronteira com o Brasil, atrativa pelos preços em dólar, praticados por seu comércio. Após uma volta pelo centro comercial, resolvemos entrar em uma loja mais apresentável, onde entre outras “cositas”, Alba comprou pares de tênis para os filhos. Compra feita, satisfação garantida com o belo preço em relação aopraticado por aqui, almoçamos e voltamos à pátria. No outro dia retornaríamos a Brasília à tarde, após os eventos programados. Hora de arrumar a mala, Albaniza resolve mostrar suas compras aos amigos. E eis que, pasmem, as duas caixas de tênis continham apenas pés iguais. Dois esquerdos e dois direitos. Depois de uma rápida e equilibrada manifestação verbal de desagrado, voltamos às pressas para fazer a troca no loja do simpático boliviano que espantado, não sabia explicar o “ocorrido”. Foi a viagem mais rápida que já fiz a um país vizinho. O horário era apertado. Dali fomos direto ao aeroporto, pois o avião já nos aguardava para voltarmos a Brasília. Coincidentemente, essa foi minha última viagem pela Presidência da República. Mas essa é uma história para Irineu Tamanini e Pedro Luís contarem qualquer dia”.