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“Navegando por um mar revolto”

Eu e meu amigo Emerson Souza, o popular “Careca”, baiano de Salvador e uma das figuras mais divertidas que conheci na vida, viajamos juntos para todo o país e muitos países. Internamente, fomos juntos em diversas coberturas onde estava o Presidente da República. Temos muitas histórias hilárias. Essa aqui é maravilhosa. Eu estava junto do Emerson quando o fato ocorreu. Dei muitas gargalhas.
Conta Emerson Souza:
“Dia 20 de abril é o Dia do Diplomata
Governo Sarney e o Cerimonial do Itamaraty em contato com o Cerimonial do Palacio do Planalto acertaram restabelecer uma cerimonia há muito esquecida: a comemoraçáo do “Dia do Diplomata” no salao principal do Ministerio das Relaçoes Exteriores, com a presenca do presidente da Republica.
Confirmada a realizacao do evento teve inicio um alvoroço no exército de punhos de renda. Todos queriam integrar a comissao encarregada das tratativas de renascimento de uma cerimonia ha décadas esquecida.
Agitados membros da diplomacia percorriam de um lado para o outro leves e fagueiros. Pareciam flutuar sobre o impecável piso de mármore carrara. Até lembravam essas meninas de supermercados que deslizam em seus patins. Nao paravam os anfitrioes em toques e retoques em tudo. Lá pelas tantas chega o presidente Sarney e uma pequena comitiva. A imprensa postada por dentro de uma corda fixada em cones dourados tinha sua area de atuação demarcada.
Na primeira fila de cadeiras o presidente Sarney, o chanceler – salvo engano -Saraiva Guerreiro e o ministro-chefe do Gabinete Militar, Bayma Dennys. Tem inicio a cerimonia. O escolhido como orador itamarateca era um jovem terceiro-secretário, primeiro colocado na turma. Magrinho, jeitoso e apertadinho dentro de um terno azul, modelo jaquetáo, logo ao chegar ao microfone deu um suave suspiro. Foi o sinal bastante para se esperar paetes e lantejoulas a caminho. Voz fina e um pouco fanhosa ele começou a falar da diplomacia. Destacando os desafios no trato do relacionamento internacional. Estava indo bem até se empolgar e, agitando os bracinhos e movimentando graciosamente a cabeça, lançasse no ar “Ser diplomata é navegar num mar revolto” e como um mimo fez dengoso gesto imitando as ondas.
Sarney esboçou um leve sorriso e o general Dennys parecia olhar para uma gazela solta no amplo salão de cerimonias do Itamaraty. Terminado o evento.a imprensa deixou o local repetindo com voz fina e nasalada:”Ser diplomata é navegar num mar revolto” e como se combinado tivessem, agitavam as mãos para o alto com trémulos trejeitos”.

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