Há vinte anos, no dia 13 de julho de 2002, o cantor Claudinho, da dupla Claudinho & Bochecha morria em um acidente de carro na rodovia Presidente Dutra, no Rio de Janeiro, na altura da cidade de Seropédica. Durante a turnê de lançamento do sexto disco da dupla, Vamos Dançar, em 12 de julho, horas antes de viajar, Claudinho ligou para Buchecha e avisou que iria em seu próprio carro, não com a van da banda, como de costume. Após a realização do show, na cidade de Lorena em São Paulo, Claudinho foi vítima de um acidente de carro na manhã do dia 13 de julho de 2002. Buchecha vinha logo atrás na van com a equipe de produção e músicos.
Tenho uma história interessante envolvendo meus filhos Daniela e Rafael e o saudoso cantor Claudinho, da dupla Claudinho & Buchecha, pouco tempo antes dele falecer:
Resolvemos – eu, Carmen e as crianças – passar um final de semana em Caldas Novas, em Goiás. Saímos de casa numa sexta-feira e quando chegamos na cidade das águas quentes de Goiás, minha filha logo visualizou um cartaz anunciando um show , na noite de sábado , em um clube social, da dupla de maior sucesso na época, Claudinho & Buchecha.
No sábado pela manha comprei o ingresso e à noite fomos todos para o show. Daniela estava radiante. Eu, Carmen e Rafael, não tínhamos tanto animo. O show estava marcado para começar às 21 horas. Já eram 23 horas e nada. O show de demorou demais para começar. Já estava impaciente quando um locutor, finalmente, anunciou o início da apresentação.
No domingo, voltamos para casa em Brasília, uma vez que na segunda-feira tinha que viajar a trabalho para o Rio de Janeiro.
Logo cedo fui para o aeroporto acompanhado do meu filho Rafael. Estava de terno preto, todo elegante, porque iria deixar o Rafael com os avós no Leblon e seguiria direto para o compromisso na OAB do Rio de Janeiro.
Na sala de embarque, quem eu vejo: a dupla Claudinho & Buchecha. Não perdi a oportunidade de fazer uma brincadeira (quem me conhece sabe que adoro fazer este tipo de brincadeira) e fui até onde eles estavam aguardando o vôo, também para o Rio. Cumprimentei os dois, apresentei o Rafa e disse que minha filha Daniela tinha ficado muito chateada com o atraso do show.
– O senhor estava lá em Caldas Novas, perguntou Claudinho ( o Buchecha era muito tímido). Estava com eles dois e minha mulher, respondi. Claudinho disse que o atraso foi por culpa dos organizadores do evento. E perguntou: como podemos fazer para que sua filha não fique chateada comigo e com o Buchecha?
A Daniela está em casa e, se fosse você, ligaria para ela e explicaria a situação. Claudinho pediu que eu ligasse
no meu celular. Liguei e a Dani atendeu em casa. – estou aqui com a dupla do show de sábado em Caldas Novas e o Claudinho quer falar com você, disse.
Claudinho pegou o meu celular, conversou com a Daniela, explicou a situação e, antes de desligar, cantou para ela a música de sucesso na época. Depois, peguei o celular e me despedi da Dani. “Pai, você continua o mesmo”, disse às gargalhadas. Embarcamos depois no avião da Varig para o Rio – a dupla foi no mesmo vôo – e nunca mais encontrei com o Claudinho e o Buchecha.
Obs: Minha família ficou chocada com a morte prematura, tempos depois, do Claudinho. Descanse em paz!