O ministro Sepúlveda Pertence era presidente do STF. Fomos a São Paulo, eu como assessor de imprensa e o Roberto Baptista como chefe de gabinete, para acompanhá-lo em uma visita oficial ao Tribunal de Justiça. Ficamos hospedados, individualmente, no hotel Bristol. À noite, saímos para jantar e o Roberto Batista tomou a sua cervejinha. De volta ao Bristol cada um foi para o seu quarto. Roberto tinha o costume de dormir de janela aberta e sem roupa. Como cerveja é muito diurética, ele acordou durante a noite para esvaziar a bexiga. Estava muito cansado, abriu a porta do quarto ao invés da porta do banheiro. Ventava muito e após ficar no corredor, a porta bateu e trancou. A chave ficou pelo lado de dentro. Nu, com muita vontade de urinar ele não teve outra saída a não ser pegar o elevador e ir ao térreo pedir uma chave reserva. Quando a porta abriu, ele estava nu e, como se fala na linguagem masculina, com tesão de mijo. Acenou várias vezes para o porteiro da noite do hotel e dizia: “vem cá, traz a chave. Vem cá . Traz a chave”. O porteiro ficou encucado porque um homem nu, enrijecido, pedia para ele ir até o elevador. Não atendeu aos insistentes pedidos e gritou: vai dormir meu amigo. Nao sou disso nao. Boa noite. Depois de insistentes pedidos, o porteiro finalmente entendeu o que estava acontecendo e levou uma chave reserva até o elevador e entregou, de longe, ao Roberto.
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