Essa história muito engraçada é contada pela amiga gaúcha de Encruzilhada do Sul, torcedora “doente” do Internacional, e uma das melhores repórteres de política sediadas há vários anos em Brasília, Luiza Damé:
“A cobertura das viagens presidenciais à Venezuela, quando estavam no poder Lula e Chávez, era sempre um perrengue. Além de reuniões intermináveis, a agenda nunca era cumprida e os encontros sempre rendiam algumas matérias. Em uma dessas visitas bilaterais, fui escalda pelo Globo para a cobertura em Caracas. Cheguei à capital de madrugada. Ao chegar ao hotel, fiquei sabendo que meu quarto só estaria disponível às 14h. Esperei umas duas horas na recepção e saí para tomar café em uma padaria próxima. No fim da manhã, consegui falar com os colegas do Estado de S. Paulo para combinar o almoço. Encontrei-os na recepção e seguimos para um restaurante que nos tinha sido indicado, nas proximidades do hotel. Após o almoço, voltando para o hotel, senti que algo tinha molhado a minha calça. Olhei e era algo preto… Cocô de passarinho. Dei um verdadeiro piti no meio da rua, para diversão dos colegas que quase infartaram de tanto rir. Depois Leonêncio Nossa ainda me contou que tinha sido um pássaro preto, parecido com urubu. Nesta mesma viagem, ficamos umas seis horas isolados no auditório da PDVSA (a petrolífera venezuelana), enquanto Lula e Chávez estavam reunidos, mas não tínhamos acesso. Quando os dois apareceram já era fim da tarde, mas fizeram um ato interminável. Resultado, eu e Chico de Gois, setoristas do Globo no Palácio do Planalto, disputávamos quem não iria para a Venezuela”.