Em julho de 1980 fui a Salvador, na Bahia, com Carmen e ficamos hospedados no apartamento na Pituba de dois amigos Zé Maria e Elaine, justamente os dois em que nos conhecemos em 1977 quando tinham um apartamento em Macaé (RJ). Conheci minha mulher na noite do dia 31 de dezembro daquele ano. Eu estava cobrindo a visita do Papa João Paulo e sai de Fortaleza para a capital baiana. Carmen saiu de Brasília. Minha filha Daniela ainda nao tinha nascido. Estava na barriga da mãe.
Zé Maria, ex-lateral-direito do Fluminense e Internacional de Porto Alegre, estava atuando no Bahia Esporte Clube. Um de seus amigos no clube era o goleiro Renato, com quem jogou naquele timaço do Fluminense denominado “Máquina”. Eu conheci o goleiro ainda no Fluminense apresentado pelo Zé Maria nos tempos de Fluminense.
Como Renatojá estava há algum tempo morando em Salvador, fez um convite para sairmos para jantar. A tal hora passo no apartamento do Zé e pego você e Cármen. “Vamos a um restaurante especial nos arredores da capital baiana. Vamos comer um prato delicioso com bacalhau e farinha”, disse Renato para a minha perplexidade.
Pensei: bacalhau com farinha. Isso deve ser difícil de engolir por ser muito seco. Até chegar com Carmen e Renato no restaurante, a configuração do prato não me saía da cabeça.
Renato pediu então prato para três e quando o garçom colocou na mesa vi que era uma maravilha. Bacalhau desfiado, com muito azeite, e farinha bem fina.
Voltei várias vezes a Salvador atuando como repórter ou assessor de algum presidente ligado ao Judiciário mas nunca mais visitei o restaurante. Renato tinha ido jogar no exterior e Zé Maria voltou para o Fluminense.
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