Quando veio ainda criança de Santiago de Compostela, na Espanha, onde nasceu, acompanhada dos seus pais, residir no bairro da Urca, no Rio de Janeiro, Carmen Tamanini passou a conviver muito com a sua prima Isabel, que morava na rua Gomes Freire número 803 apt. 22 (segundo andar), no Centro do Rio. A prima Isabel vivia em 1967 com seus pais, tio Eusébio e tia Carmen. Tio Eusébio era o sindico do prédio. Carmen e Isabel tinham uma amiga da mesma idade – entre 12 e 13 anos – que morava no mesmo prédio, no apt. 54 (quinto andar). A pequena Selminha morava com um tio que era cantor. O tio possuía uma Fusquinha e o apartamento tinha poucos móveis, como uma estante na sala onde ele colocou uma réplica de um Calhambeque. Carmen lembra de um dia, em 1967, na entrada do prédio, quando o tio de Selminha chegou no seu Fusquinha, ao lado da namorada e de um violão. O tempo passou e o cantor ganhou prestígio e virou o Rei Roberto Carlos.
O relato abaixo foi feito agora em abril de 2020 por Isabel, a pedido da Carmen:
“O pai do Roberto Carlos era o seu Carlinhos , relojoeiro da rua e a mãe dona Laura que vendia produtos da Avon. Com o passar dos anos ela passou a ser chamada de Lady Laura. Quando o Roberto ia cantar na TV, dona Laura ia assistir lá em casa, porque eles não tinham tv no apartamento e a mãe gostava de ver o filho cantando.
Eu (Isabel) e Selminha ganhamos muito dinheiro e balas nesta época (1967), levando o recado das fãs para o Rei. Nossa tem muita história.
Até pouco tempo atrás tinha na igreja de Santo Antonio dos Pobres, na rua dos Inválidos 42 (perto do seu antigo prédio na Gomes Freire) uma foto do Roberto Carlos, Sonia (irmã do Luis Carlos) que até hoje faz parte da banda dele, o porteiro do nosso prédio, seu Raimundo), a esposa , que não lembro o nome, um bebê que o Roberto foi padrinho ( filho do porteiro) e duas gurias( eu e Selminha).
Nossa, quantas lembranças…. Revista Sétimo Céu e por aí vai …”
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